Carlos azevedo começou por lembrar que “não estamos a comemorar os valores republicanos, mas os cem anos da mesma”
Carlos azevedo começou por lembrar que “não estamos a comemorar os valores republicanos, mas os cem anos da mesma”Centrando a sua abordagem, afirmou que a implantação da república foi tensa e intensa. Historiou a dependência da Igreja em relação à Monarquia, dizendo que a mesma tinha custos elevados na vida interna da Igreja recordando a sujeição dos bispos ao Estado, assim como dos sacerdotes e seminários era uma dura realidade.
avançou para a concepção do movimento republicano, dizendo que este não tinha uma ideia comume que a alteração do regime também atingia a institucionalização da Igreja. a Lei da separação não mostrava clareza, mas intenção política agressiva. Recordou que a questão do padroado impediu os republicanos de laicizar as congregações.
Foi o dinamismo do povo religioso que deu campo para a vinda das congregações religiosas, acrescentando que os homens da I República não conheciam o país. Carlos azevedo declarou que o Governo Republicano instaurou uma separação, mas combatia e limitava a religião, era contrário. Utilizava uma regulação administrativa através das comissões cultuais cerceando as actividades da Igreja, tendo mesmo confiscando os seus bens móveis e cultuais.
Segundo o bispo a Igreja não se moveu para restaurar a Monarquia, não atacou a República, limitou-se a defender os seus valores. apesar de tudo isso, algo de positivo aconteceu, pois os bispos começaram a sentir a liberdade de movimentos – que a monarquia havia impedido. Carlos azevedo concluiu que a República deu à Igreja mais liberdade, embora tenha cortado liberdades.