«Superar o pecado, seja dos drogados ou dos banqueiros, só acontece por um encontro que aproxime do dom, chegue à delicadeza do perdão, converta o interior e transforme a posse em dádiva»
«Superar o pecado, seja dos drogados ou dos banqueiros, só acontece por um encontro que aproxime do dom, chegue à delicadeza do perdão, converta o interior e transforme a posse em dádiva»Carlos azevedo defende uma profunda mudança de estilo de vida o que implicará compromisso comunitário e revolução na mentalidade dos gestores e dos agentes políticos. Na Eucaristia de encerramento da Semana da Pastoral Social, o presidente da Comissão Episcopal olhou para a condição pecadora da sociedade.
O prelado aponta mesmo a existência de uma solidariedade no mal moral. O pecado é inicialmente de pessoas concretas, mas plasma-se em relações, situações e organizações negadoras da pessoa e contrárias ao plano de Deus.
O pecado social a que se refere o também bispo auxiliar de Lisboa fere sobretudo os pobres e excluídos, chegando a destrui-los como pessoas. O que acontece diariamente numa sociedade marcada pela grande contaminação do individualismo e do domínio sobre os outros.
Os homens foram educados no pecado de não ver isto. a conversão necessária e mudança implica a oposição, defende o presidente do organismo responsável pela Pastoral Social. Não podemos inibir-nos. Resta opor-nos, com energia sempre refeita, ao pecado do mundo, na sociedade portuguesa e em cada um de nós, para construir a solidariedade da graça, o dar-se de verdade, concluiu.