Cardeal patriarca de Lisboa escreve carta sobre a «Nova evangelização», como desafio pastoral
Cardeal patriarca de Lisboa escreve carta sobre a «Nova evangelização», como desafio pastoralJosé Policarpo defende que o peso das estruturas é grande e que é preciso que os evangelizadores busquem a santidade, na fidelidade a Jesus Cristo, manifestada no concreto das suas vidas, do seu estado, da sua vocação concreta, das circunstâncias em que vivem. a Nova evangelização exige um grande movimento de espiritualidade, acrescenta o cardeal.
Na carta, pensada ainda antes do Papa ter anunciado a criação do Conselho Pontifício para a Nova evangelização, o bispo de Lisboa não pretende alterar imediatamente as estruturas de pastoral da diocese. antes visa despertar um novo ardor que levará os cristãos praticantes a fazer da evangelização não apenas uma tarefa programada, mas uma paixão que brota do amor a Jesus Cristo.
O dinamismo espiritual, mas não espiritualista que o patriarca defende implica uma conversão interior. Evangelizar não é um programa, uma atitude de estratégia proselitista, é uma loucura de amor, escreve numa das 15 páginas do documento. Isto porque os ‘espiritualismos’ podem incorrer na tentação de fuga da realidade. E não há nada de mais real do que o amor de Deus pelos homens e a acção redentora de Jesus Cristo, defende o cardeal.
Todos são chamados a este dinamismo e a diocese procurará oferecer meios, em pessoas e estruturas, que ajudem os fiéis a abrir-se à conversão interior e à descoberta da paixão pelo Reino de Deus. Esse dinamismo passa por uma pedagogia da fé e da oração, a valorização do ministério sacerdotal acentuando a importância do acompanhamento espiritual personalizado, a valorização da vivência da liturgia e da Eucaristia.