No Equador, inúmeras crianças e jovens, filhos de emigrantes nos Estados Unidos da américa, vivem sozinhos. Uma situação suportada com dificuldade
No Equador, inúmeras crianças e jovens, filhos de emigrantes nos Estados Unidos da américa, vivem sozinhos. Uma situação suportada com dificuldadeEm Chimborazo, no centro do país, registaram-se 58 casos de suicídio entre menores, filhos de migrantes ilegais, desde 2005. O desespero de uma vida de órfão, sem a presença dos pais, leva os jovens a pôr fim à vida. O facto agrava ainda mais o declínio demográfico da região, relata o Courrier Internacional.
Chunchi é uma das regiões mais afectadas pela migração clandestina. Em algumas localidades há várias centenas de crianças a viverem sozinhas; vêem-se poucos adultos. Para colmatar o abandono das crianças, a câmara desenvolve um programa de acompanhamento. Detectou 205 casos mais críticos e auxilia os menores ao nível da alimentação, educação, proporcionando-lhes ainda actividades desportivas e culturais.
Na região, todas as famílias têm pelo menos um membro que tenha emigrado de forma clandestina. Porém, há cada vez mais tentativas fracassadas e muitos não chegam ao destino desejado. Walter Narváez, presidente da câmara, confirma : Uma das nossas ambulâncias serve mais para recolher cadáveres do que levar os doentes para o hospital.