Reitor do Santuário assinala devoção a Nossa Senhora de Fátima como ponto de contacto e união entre católicos e anglicanos, a propósito da visita do Santo Padre ao Reino Unido, de 16 a 19 de Setembro
Reitor do Santuário assinala devoção a Nossa Senhora de Fátima como ponto de contacto e união entre católicos e anglicanos, a propósito da visita do Santo Padre ao Reino Unido, de 16 a 19 de Setembro a visita de Bento XVI e beatificação do grande cardeal Newman é importantíssima, defende Virgílio antunes, no editorial de Setembro, do jornal oficial do Santuário ‘Voz da Fátima’. O sacerdote explica a importância da viagem apostólica pelo facto de ser uma nação maioritariamente anglicana, com uma enorme influência no mundo inteiro e ainda por ser um dos grandes focos do diálogo ecuménico em que está envolvida a Igreja Católica.
Um momento que ganha força e particularidade fruto também do facto do cardeal Newman ter passado do anglicanismo ao catolicismo. Virgílio antunes espera mesmo que este sinal possa vir a ser um ponto de partida para uma comunhão mais profunda entre estas duas Igrejas.como pontos de proximidade entre anglicanos e católicos estão a concepção da Igreja, o sacramento da Eucaristia e a presença real de Jesus e o ministério sacerdotal.
Maria é, também, elo de união entre as duas, salienta ainda o reitor lembrando que há núcleos de devoção a Nossa Senhora de Fátima que envolvem bispos, sacerdotes e leigos que frequentemente peregrinam ao Santuário. O diálogo doutrinal entre as duas Igrejas sempre difícil tem continuado e dado alguns frutos, expressos nas declarações conjuntas. Mas, outra parte da Igreja anglicana tem caminhado no sentido das grandes fracturas, sobretudo em temas pastorais e morais, referente a temas como o sacerdócio, o matrimónio e a sexualidade.
Com esta visita o Papa parece decidido a abrir as portas da Igreja a todos os que, em virtude das circunstâncias históricas, se encontram fora da plena comunhão católica, lembra o responsável pelo santuário mariano português. O Pontífice sabe que o peso dos séculos, aliado ao das instituições fortemente estruturadas e às razões de ordem sentimental, acaba por ser maior do que o da teologia ou da doutrina, da reflexão e da razão e por isso tornam-se mais importantes os sinais e gestos de aproximação, aponta o sacerdote.