Concílio Vaticano II, visita do Papa e o cinquentenário das aparições de Nossa Senhora marcaram o segundo bispo de Fátima
Concílio Vaticano II, visita do Papa e o cinquentenário das aparições de Nossa Senhora marcaram o segundo bispo de FátimaFoi o bispo que em Março de 1957 viu, contra uma luz forte, o envelope contendo o Terceiro Segredo e anotou cuidadosamente que este estava escrito em cerca de 25 linhas numa só folha de papel, com margens de 7. 5 milímetros de ambos os lados, mas não quis abrir a carta, apesar de o poder fazer. À margem da sua participação no Concílio Vaticano II, foi um mensageiro de Nossa Senhora junto dos restantes companheiros conciliares, ao ponto de ter conseguido que fosse feita a consagração ao seu Imaculado Coração. O padre Joaquim Ventura referiu que João Venâncio tinha uma mentalidade já avançada em relação ao Concílio Ecuménico, o que nos permite ter uma ideia da sua capacidade.
João Venâncio era um homem de santidade vivida como refere o sacerdote, lembrando que muitas vezes o bispo era visto no meio dos peregrinos a rezar o terço de joelhos no Santuário. O padre recorda uma das frases ouvidas ao prelado, a propósito do uso da batina pelos sacerdotes: O hábito não vale nada, o que vale é o homem por dentro. E de outra, quando este se dirigia aos fiéis (homilias): o vosso humilde bispo. Para o padre Joaquim Rodrigues Ventura, possivelmente um do sacerdotes que mais conviveu e sentiu a personalidade de João Pereira Venâncio, ele foi o principal arauto da mensagem de Fátima por todo o mundo.
O director do Colégio de São Miguel diz ainda que tem correspondência recebida de João Pereira Venâncio durante as suas viagens apostólicas ao estrangeiro, desde simples postais a cartas, referindo especificamente durante o Concílio e da Terra Santa entre outras. Quando falamos com o padre Joaquim Ventura acerca de João Venâncio, notamos que nutre um profundo respeito pelo saudoso bispo e, em jeito de despedida diz: estará na mão de Deus e invoco-o como protector, sei que é meu amigo.
Para a história ficam as palavras da carta apostólica de Paulo VI endereçada ao bispo, por ocasião da sua renúncia: Durante 18 anos, desempenhou o ministério pastoral e nos recebeu, aquando da nossa peregrinação a Fátima, de grata recordação, queremos exprimir reconhecimento e apreço, pelo zelo generoso, constantemente demonstrado, com amor à Igreja e às almas, vivido em discreta e escondida abnegação, mas nem por isso menos fecundo em resultados.