Dois missionários portugueses gastam as suas vidas, lado a lado com os Índios do norte do Brasil. Numerosas comunidades só podem ser visitadas a pé ou a cavalo
Dois missionários portugueses gastam as suas vidas, lado a lado com os Índios do norte do Brasil. Numerosas comunidades só podem ser visitadas a pé ou a cavaloOs missionários da Consolata José Marçal e Mário Campos exercem a sua actividade missionária em Maturuca, Roraima, bem pertinho da fronteira da Venezuela. O Mário continua na sua acção profética de visita às comunidades. Vive com elas as alegrias do tempo presente e experimenta alguma apreensão quanto ao futuro das mesmas, escreve José Marçal. Invejo-lhe o vigor das pernas, que lhe permite longas caminhadas. Esta presença sacrificada e constante leva a que o missionário esteja no coração destas comunidades indígenas e ele tem-nas no seu coração de missionário.com ele trabalha o afonso, jovem missionário moçambicano, a entrosar-se cada vez mais na vida destes povos.
Sentindo já o peso dos anos, José Marçal percorre outros caminhos mais acessíveis. Estou aqui para compor a comunidade religiosa, visitando as comunidades à beira do caminho. O seu trabalho também não é fácil: as chuvas ainda incomodam bastante, mas não impedem a sua actividade, à parte algum atolamento, como aconteceu recentemente no Kambaru, que obrigou a uma paragem de 12 horas. Este género de vida é desgastante e o missionário é obrigado, de tempos a tempos a uma paragem para recuperar energias.