Organizações humanitárias preocupadas com incidentes á chegada das colunas que transportam ajuda. Quando tentam distribuir alimentos, têm sido atacadas
Organizações humanitárias preocupadas com incidentes á chegada das colunas que transportam ajuda. Quando tentam distribuir alimentos, têm sido atacadasNum campo de refugiados próximo de Multanno, a sul do Penjab, duas crianças partilham um prato de arroz. Há mais dois dias que não comíamos, explica Shahid Muhammad, 12 anos, em campanhia do seu irmão mais novo, Inamullah, 10 anos. Separados dos pais e das irmãs há três dias, foram obrigados a subir para um camião e não sabem onde está a família. Quando a comida é distribuída, os mais fortes empurram-nos e ficam com tudo, lamenta Shahid.
a evacuação das regiões afectadas pelas inundações é feita de maneira desordenada. Idosos, doentes e crianças encontram-se fragilizados, muitas vezes separados da família. Quando distribuem os alimentos, nem sempre conseguem aceder às embalagens, sobretudo quando os mais fortes assaltam os camiões. Os coordenadores da ajuda humanitária referem que algumas instalações, em Muzaffargarh, no sudoeste do Punjab, foram assaltadas e pilhadas O meu marido sofre de problemas cardíacos e não pode correr. a mim, empurram-me quando tento chegar junto da distribuição, queixa-se aziza Bibi, 35 anos, que teve dificuldade em conseguir alimentação para a família.
afectadas pelas inundações, cerca de seis milhões de pessoas precisam de ajuda alimentar durante os três próximos meses. Mas este número pode vir a aumentar se a situação continuar a deteriorar-se nas províncias de Sindh, Penjab e Baloutchistan. até ao momento, um milhão de pessoas já terá recebido alimentação para um mês. após a sua visita ao Paquistão, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, lançou um apelo para o aumento da ajuda humanitária internacional para fazer face a uma crise, descrita como a mais grave no momento actual.