Tobias de Oliveira, missionário da Consolata, já viveu mais de 20 anos no Quénia. De férias em Portugal, fala sobre a positiva experiência no meio de um povo acolhedor
Tobias de Oliveira, missionário da Consolata, já viveu mais de 20 anos no Quénia. De férias em Portugal, fala sobre a positiva experiência no meio de um povo acolhedorO mais marcante para um missionário é sempre o contacto directo com as pessoas, diz Tobias de Oliveira. Custou-lhe adaptar-se ao Quénia, devido ao clima, mas foi bem recebido pela população. Não noto que estou no estrangeiro. Sinto-me completamente à vontade. No Quénia sou queniano, um deles, conta. Os cidadãos nacionais tratam-no por igual. Não me sinto transeunte, como alguém que está ali de passagem. Estou em casa e estou bem. Não tenho pressa de mudar.
a beleza natural do Quénia faz dele um paraíso terrestre. Mas, são maravilhas que o próprio povo não goza; é o paraíso dos turistas e dos ricos quenianos. Metade da população vive abaixo do nível de pobreza, com menos de um dólar por dia. O que é de admirar é a paciência, coragem, determinação daquela gente que consegue viver dentro desses limites muito pequeninos e consegue viver feliz e contente.
Porém, no meio de tantas dificuldades, vive-se num ambiente de optimismo [Ouça peça audio]. O queniano tem consciência das suas potencialidades e sabe o que vale. Têm a visão de que o futuro é deles, explica o sacerdote. Eles acreditam no futuro, acreditam que as coisas vão mudar para melhor. Cultivam valores autênticos e universais. O valor da pessoa humana, da vida, é o primeiro deles. as mulheres são valorizadas desde meninas por um dia virem a ser mães.