Confrontos entre milícias islâmicas Shabab e militares leais ao Governo de transição não param, provocando sofrimentos à população civil da capital
Confrontos entre milícias islâmicas Shabab e militares leais ao Governo de transição não param, provocando sofrimentos à população civil da capitalProsseguem os confrontos em Mogadíscio, apesar da presença das tropas da aMISOM – Missão da União africano na Somália. Quem sofre com o conflito é a população civil, vítima do fogo cruzado e, sobretudo, do uso de granadas por parte das forças de combate, incluindo a aMISOM. Segundo a Fides, nas três primeiras semanas de Julho, no Hospital Madina, o maior da cidade, foram internados 160 civis feridos pelos bombardeamentos. No mesmo período, o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados registou 11. 500 pessoas que abandonaram a capital.
a União africana decidiu enviar mais 4. 000 homens para reforçar a aMISOM, mas a decisão pode provocar confrontos ainda piores e agravar a situação dos civis. Fontes oficiais das Nações Unidas e de outros organismos internacionais têm condenado os bombardeamentos indiscriminados contra a população. O secretário-geral Ban Ki-moon, no seu último relatório para o Conselho de Segurança sobre a situação na Somália, afirma que cada vez mais os civis estão no meio de fogo cruzado, atingidos por ataques de morteiro e bombardeamentos de artilharia entre rebeldes e forças governamentais.
a Somália pode voltar a ser um terreno de confrontos entre as facções locais, mas também entre actores estrangeiros. De acordo com fontes ocidentais, os Shabab são apoiados por extremistas provenientes do Iraque, afeganistão e Paquistão. Os seus aliados locais intensificaram os ataques nos territórios que estão fora do seu controle, como a região semi-autónoma de Puntland, estratégica para o controle da pirataria e do tráfico ilegal que passa pelo porto de Bosaso.