Dados do Instituto Sangari, baseado em estatí­sticas do Sistema único de Saúde revela que no Brasil, entre 1997 e 2007, mais de 10 mulheres por dia foram assassinadas
Dados do Instituto Sangari, baseado em estatí­sticas do Sistema único de Saúde revela que no Brasil, entre 1997 e 2007, mais de 10 mulheres por dia foram assassinadasRecentemente, o sequestro, tortura e assassínio da jovem, Eliza Samúdio, no estado de Minas Gerais, adquiriu o estatuto de crime mais chocante de 2010, no país. Outro caso, o homicídio da advogada, Mércia Nakashima, com grande destaque na comunicação social, perdeu espaço para o crime alegadamente cometido pelo guarda-redes do Flamengo (equipa do Rio de Janeiro), Bruno Fernandes, e mais seis comparsas, seus amigos.
Os crimes ocorrem depois de constantes ameaças e agressões às vítimas. Segundo as estatísticas, num espaço de 10 anos, de 1997 a 2007, um total de 41. 523 mulheres, como Mércia e Eliza, foram assassinadas. Ou seja, mais de 10 vítimas por dia.
Para os especialistas, em muitos dos casos, os crimes são cometidos por pessoas muito próximas das mulheres: maridos, ex-maridos, namorados e ex-namorados. Em muitas das vezes, agem movidos pela não-aceitação do fim de uma relação que acreditavam controlar. Os números colocam o Brasil próximo dos recordistas nesse tipo de crime ditos passionais, África do Sul e Colômbia.
Para tentar fechar o cerco à violência contra a mulher, o governo brasileiro sancionou, em 2006, a Lei Maria da Penha que torna a pena do agressor mais rigorosa. a legislação agradou às entidades da sociedade civil que defendem os direitos da mulher. Porém, estas lamentam a falta do seu cumprimento.