Na Eucaristia da peregrinação nacional do Movimento da Mensagem de Fátima ao Santuário, antónio Marto defendeu o acolhimento e a interioridade da vida espiritual
Na Eucaristia da peregrinação nacional do Movimento da Mensagem de Fátima ao Santuário, antónio Marto defendeu o acolhimento e a interioridade da vida espiritualO bispo de Leiria-Fátima criticou o excesso de activismo, sem que a isso corresponda interioridade e profundidade. O prelado, que presidiu à celebração da Eucaristia dominical no Santuário, apontou o risco de se perder o essencial, quando as pessoas possuem ansiedade de fazer muitas coisas, com a agenda sempre cheia de encontros e de actividades.
Às vezes, andamos cansados de nós mesmos, da nossa superficialidade, da nossa mediocridade, afirmou aos milhares de fiéis.com um esgotamento pelo vazio no interior e a falta de vida espiritual as pessoas não encontram força para fazer face aos problemas, salientou o bispo.
antónio Marto questionou se temos tempo para Deus na nossa vida e lembrou que há três lugares privilegiados onde o encontro com Deus se faz: na Eucaristia, na oração pessoal e no dia-a-dia. a partir do Evangelho que apresenta o caso de Marta e Maria, a última à escuta de Jesus, o bispo diocesano assinalou que acolher alguém requer atenção ao outro, presença, companhia, diálogo, e por vezes, fazer caminho com ele.
antónio Marto referiu-se às ausências com que se deparam as famílias. Nalguns casos, há casa, mesa e roupa lavada, mas não há tempo, explicou. Tempo para diálogo entre o casal e tempo para diálogo entre pais e filhos. E na sociedade: Cultivamos este acolhimento nos hospitais, nas repartições públicas? enumerou questionando os fiéis.