“Não foi a Igreja que impôs Fátima, mas Fátima que se impôs à Igreja” são palavras do cardeal Cerejeira, recordadas por Bento XVI no discurso em Lisboa
“Não foi a Igreja que impôs Fátima, mas Fátima que se impôs à Igreja” são palavras do cardeal Cerejeira, recordadas por Bento XVI no discurso em Lisboa Venho como peregrino de Nossa Senhora de Fátima, investido pelo alto na missão de confirmar os meus irmãos que avançam na sua peregrinação a caminho do céu , afirmou o Papa. Declarou ainda que as aparições foram um amoroso desígnio de Deus; não dependeu do Papa nem de qualquer outra autoridade eclesial . Poderemos concluir que esta é a posição actual da Igreja em relação a Fátima.
Começamos por fazer menção às palavras do Papa, com toda a sua autoridade como sucessor de Pedro, para colocarmos esta questão tão simples no que diz respeito às aparições da Virgem: Fátima é para os que acreditam. a mensagem da Virgem pode resumir-se em duas palavras: penitência e oração. a Igreja tem pregado isso mesmo ao longo dos séculos, daí a sua actualidade.
Contudo, ainda há quem não acredite na veracidade das aparições de Fátima, é nossa obrigação respeitá-los, pois não é uma questão de fé imposta. Mas há quem possa dar testemunho, por isso vamos contar a história verídica de alguém que entre os cinco e os seis anos teve o primeiro contacto com Fátima.
Um jovem nascido no Norte de Portugal que, descendo um caminho de terra batida em direcção a uma pequena ribeira, passou por uma casa de lavradores (estávamos em 1955/56) e ouviu a transmissão das cerimónias de Fátima. Teria sido num dia 13 de Maio, pois o sacerdote proclamava Senhora, se quiseres, podeis curar-me e continuava as rogações, dado que seria o momento da oração dos doentes.
Nessa ocasião, aquele jovem estava longe de pensar que Fátima seria um marco na sua vida.com doze anos tomou contacto com os objectos religiosos, o seu primeiro trabalho; aos treze visitava Fátima pela primeira vez; tinha catorze anos quando entrou num movimento da acção Católica, onde militou até ser chamado a prestar serviço militar.
Voltando à vida civil, retomou o trabalho no sector dos artigos religiosos e instalou-se em Fátima, onde ainda permanece, apesar de estar a trabalhar noutro ramo de actividade. Hoje, passados sessenta anos, esse jovem tem um querer cimentado pela experiência da vida, acredita na mensagem da Virgem e procura fazer do seu dia-a-dia uma consonância com a fé daqueles que são simples, mas sem serem ingénuos. Para acreditar não é preciso ser teólogo ou doutor de leis, basta abrir o coração e simplesmente acreditar.