” a messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe”, convida Jesus no Evangelho de São Lucas
” a messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe”, convida Jesus no Evangelho de São LucasJesus envia 72 discípulos a anunciar a vinda do Reino de Deus à terra e dá-lhes instruções de como comportar-se ao fazerem este serviço a Deus e à humanidade. Todos nós nos identificamos com esses 72 discípulos nesta obra admirável de partilhar o Deus do amor com toda a humanidade.
Tudo se resume na palavra missão e nas obras da missão: o Pai manda o seu Filho muito amado à terra para pregar a mensagem da salvação, para sofrer a sua paixão e morte, e para ressuscitar glorioso e triunfante – tudo pela salvação da humanidade. Em seguida, o Pai e o Filho enviam o seu Espírito Santo para habitar e fecundar o trabalho da Igreja fundada por Jesus Cristo e para morar no templo que é a alma-coração de cada crente-apóstolo. Jesus envia os seus apóstolos pregar o Evangelho a todas as criaturas. E no momento do baptismo, cada cristão torna-se um enviado a anunciar a Boa Nova por meio das palavras e das boas obras.
No decreto sobre a actividade missionária da Igreja, o Espírito Santo afirma por meio do Concílio Vaticano II: a Igreja é por sua natureza missionária (n. º 2). Se a Igreja deixasse de ser missionária, deixaria de ser Igreja. O primeiro e fundamental serviço da Igreja à humanidade é de estar ao serviço do Reino de Deus, escreveu João Paulo II na encíclica a Missão do Redentor. Os apóstolos Pedro e João alegremente anunciaram ao Sinédrio de Jerusalém: Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos, lê-se nos actos dos apóstolos 4, 20. Na sua carta recente Para um Rosto Missionário da Igreja em Portugal, os nossos bispos citam as palavras de Bento XVI em Portugal, há pouco mais dum mês: a missão baseia-se e parte do coração, uma vez que os corações são os verdadeiros destinatários da actividade missionária do Povo de Deus. E os nossos bispos acrescentam: O amor de Deus Pai dá a cada um dos baptizados-confirmados a graça da identidade missionária.
Às vezes pode parecer-nos um tanto difícil-inútil a acção missionária de cada um de nós, aflitos como andamos por causa de tantas coisas que parecem negativas. Quando agimos sozinhos, é normal. Mas com Deus, a Quem nada é impossível, não é o caso. Vejamos o que aconteceu com Maria de Nazaré. a anunciação do anjo para ser mãe do Filho de Deus trouxe-lhe um problema enorme. No estado de solteira e grávida significava a morte por apedrejamento. Que fez Maria? Saltou para cima do seu burrinho, viajou muitos quilómetros e pôs-se ao serviço da sua prima Isabel. E lá, foi uma ladainha de coisas super-alegres em Deus: João Baptista exulta de alegria no seio de sua mãe; Isabel cheia do Espírito Santo grita a Maria: Bendita és tu entre as mulheres!; a Zacarias desata-se-lhe a língua e bendiz o Senhor Deus. Para onde foi o medo de Maria sobre o mal que lhe poderia acontecer? Explodiu num dos mais belos cantos da Bíblia sagrada, o Magnificat.
E nós? Sozinhos, pouco ou nada podemos fazer.com Deus, a nossa coragem fará maravilhas para o reino de Deus e para o seu povo, à nossa volta. Não digamos que não temos estudos, que não sabemos falar e outras desculpas. Cristo prometeu: É o Espírito Santo que falará em vós. O Deus-amor envia-nos, como seus embaixadores para dar felicidade a toda a humanidade. Por isso gritava o apóstolo Paulo: ai de mim se não evangelizar!.