Um maior investimento no sector agrí­cola e mudança das regras no mercado de trabalho são receitas de artur Santos Silva para fazer Portugal sair da crise. a par da aposta na educação
Um maior investimento no sector agrí­cola e mudança das regras no mercado de trabalho são receitas de artur Santos Silva para fazer Portugal sair da crise. a par da aposta na educaçãoÉ preciso estimular o regresso ao trabalho das pessoas que se encontram desempregadas, bem como criar condições para que mães, com filhos pequenos, continuem no activo. O presidente do Conselho de administração do banco BPI considera igualmente fundamental alargar o período de produtividade das pessoas, adiando a passagem à reforma, até por razões de sustentabilidade do sistema de pensões. O presidente da Comissão das comemorações do centenário da República apontou ainda o dedo às universidades e aos erros por estas cometidos, uma vez que não dão a importância que deviam dar à empregabilidade.
O director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra considerou que a questão da igualdade e desigualdade no caso português tem muito a ver com a educação e o acesso à educação. Carlos Fiolhais salienta que não temos muita gente na escola e a aprendizagem não é boa. Os problemas do ensino não são de agora, defendeu o professor e físico, para quem, a tese é ensino para todos, sim; ensino igual, não. E questiona: Temos uma escola pública exigente?. Uma questão que gostaria de ver debatida, salientou ainda.
a igualdade deve assentar em duas contribuições da Doutrina Social da Igreja: Subsariedade e solidariedade. Ou seja, ninguém substitui ninguém, por um lado; e por outro deve ser solidária, defendeu o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações sociais. No entanto, na massificação não há lugar para a igualdade e entre anónimos não cresce a reciprocidade, referiu Manuel Clemente. O bispo do Porto salientou ainda que não nos resolvemos na Europa se não nos envolvermos em África, para frisar que a igualdade não passa só por receber bem os imigrantes. Há problemas, como a intransigência, que podem estar na Europa, mas também podem estar na Ásia.