Em Portugal, existem poucos requerentes de asilo e refugiados. Contudo, em território nacional, vivem muitos estrangeiros em situação precária a necessitar de apoio
Em Portugal, existem poucos requerentes de asilo e refugiados. Contudo, em território nacional, vivem muitos estrangeiros em situação precária a necessitar de apoioO Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) é uma das entidades que dá apoio social a requerentes de asilo e migrantes em Portugal. Está particularmente atento à situação de pessoas que, não tendo obtido o estatuto de refugiado, ficam numa situação de grande fragilidade social do ponto de vista humanitário. O serviço trabalha em particular a dimensão da integração: o acesso ao trabalho, à saúde. Em 2009, apoiaram cerca de 3500 pessoas.
Conta com um centro de acolhimento para migrantes irregulares. acolhemos algumas pessoas que viram os seus pedidos recusados e estavam na rua a dormir; não tinham um sítio para viver, explicou o director à Fátima Missionária. O JRS trabalha sobretudo no acompanhamento e defesa das pessoas que estão numa situação precária, esclareceu andré Costa Jorge. O objectivo é ajudá-las a serem autónomas, a terem os seus direitos reconhecidos e sempre que possível, regularizar a sua situação.
atendem pessoas de vários continentes, em particular da Europa de Leste, Brasil e países africanos como a Guiné, São Tomé, República Democrática do Congo, Senegal. Um estudo recente concluiu que os grandes problemas dessas pessoas se verificam ao nível da saúde mental e emprego. Possibilitar-lhes o acesso ao mercado de trabalho e à auto-sustentabilidade é também uma dificuldade que o Serviço enfrenta actualmente no apoio aos migrantes. É muito importante para um migrante poder trabalhar e até para uma pessoa que já obteve estatuto de asilo, afirma o director.
Em Portugal, há muito poucos requerentes de asilo. Em 2009, apenas se verificaram 139 pedidos, dos quais apenas 40 por cento foram aceites. Na maioria, tratam-se de migrantes económicos. É importante perceber a diferença entre os dois conceitos, salienta andré Costa Jorge. Um refugiado vê-se na obrigação de ultrapassar as fronteiras do seu país, por correr perigo de vida. São vários os motivos que levam uma pessoa a fugir: guerra, perseguição religiosa ou política. Já o migrante económico opta por sair do seu país em busca de melhores condições de vida, nomeadamente a nível financeiro, em países mais ricos.