Uma irmã missionária da Consolata, a trabalhar no Djibuti, fala da sua experiência missionária no país muçulmano, localizado numa zona desértica de África
Uma irmã missionária da Consolata, a trabalhar no Djibuti, fala da sua experiência missionária no país muçulmano, localizado numa zona desértica de ÁfricaMichelle Cruz é natural do Rio de Janeiro, Brasil. Depois de ter concluído os seus estudosde Catequese, em Roma, a religiosa, foi destinada ao Djibuti, para trabalhar como missionária naquele país. Chegou a 23 de Maio. E aproveita para contar quais foram as suas primeiras impressões em terras africanas.
Falando sobre a realidade local, a irmã afirma que ainda é muito cedo para abrir osolhos, ou seja, entender o que osseus olhos semi-abertos vêem diante de si. ao chegar ao Djibuti, notou imediatamente a grande diferença existente, até mesmo entre alguns países africanos. Conta que antes de aterrar na Etiópia, lá do alto, sobressaía a cor verde: a Etiópia é bela. ao sobrevoar o Djibuti é tudo outra história, vê-se tudo seco, marrom [castanho], tudo pedra e areia, conta.
a religiosa carioca ficou impressionada com o calor e a maneira do povo se vestir. apesar de um calor terrível, as pessoas vestem-se com muita roupa, principalmente as mulheres muçulmanas, constata. Ela relata: Pelas ruas, indo em direcção a casa, eu observava toda aquela gente diferente. Um calor enorme e as mulheres tão vestidas. É um tal de calça, vestido, mais vestidos, véu e, sem falar das que se vestem todas de preto, com o rosto coberto em que só se vêem os olhos, pois, eu nem mesmo os seus olhos conseguia ver.
a irmã conta que a comunidade cristã é formada por religiosos, refugiados e imigrantes vindos de outros países de África e também voluntários vindo da Europa, e até mesmo embaixadores de países cristãos. O trabalho que as missionárias fazem lá é muito significativo e interessante. além da promoção da mulher, colaboram com a Cáritas, trabalham com refugiados, dando apoio na alfabetização, entre outros trabalhos de evangelização. Por ser um país muçulmano, Michelle Cruz conta que, muitas vezes, acordaa meio da noite, pelas 3h30, com o barulho dos sinos alertando para a hora da oração. Para eles a oração é muito mais significativa e importante que o sono, explica a irmã.