Em 2010, não haverá entrega do Prémio Mo Ibrahim que distingue bons governantes. Uma forma de «introduzir equilí­brio na percepção internacional de África»
Em 2010, não haverá entrega do Prémio Mo Ibrahim que distingue bons governantes. Uma forma de «introduzir equilí­brio na percepção internacional de África»É caso para dizer que os dirigentes africanos se portaram mal. O título é destinado a chefes de estado ou de governo, eleitos democraticamente e com o mandato concluído há mais de três anos. Porém, mesmo após ter validado algumas candidaturas, a comissão do júri decidiu não atribuir nenhum prémio em 2010. O grupo é presidido pelo antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi annan.
O prémio tem por objectivo recompensar a boa governação no continente africano. Inspirou-se na fundação sudanesa, Mo Ibrahim, que publica todos os anos um Index de Boa governação. Trata-se de uma dos maiores distinções existentes em todo o mundo. O vencedor recebe cinco milhões de euros, ao longo de dez anos, e mais de 200 mil dólares, por ano,até ao fim da sua vida. O ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, e o do Botsuana, Festus Mogae, foram os primeiros laureados.
O Prémio Ibrahim é também um modo de chamar a atenção para os verdadeiros progressos do continente, muitas vezes escondidos pelos problemas e desafios em países concretos. É um modo de introduzir equilíbrio na percepção internacional de África, lê-se no site da fundação. apesar da má actuação de muitos governos africanos, é necessário reconhecer os esforços dos líderes que conseguem desenvolver os respectivos países, tirar as pessoas da pobreza e abrir caminho ao sucesso e prosperidade futura.