Membros das equipas europeias são, em grande parte, africanos. a transferência de jogadores para a Europa é um «comércio» que ilude muitos
Membros das equipas europeias são, em grande parte, africanos. a transferência de jogadores para a Europa é um «comércio» que ilude muitosO Campeonato Mundial de Futebol já decorre, com muita expectativa um pouco por todo o mundo. E numa época em que os olhos do mundo estão virados para o continente africano, o Courrier Internacional, num dos seus artigos, põe em causa a legitimidade da exportação de inúmeros africanos para as selecções europeias. Para os clubes europeus, os países do sul são um reservatório inesgotável de jogadores. Porém, para estes, o velho continente [Europa] está longe de ser um paraíso, lê-se.
O futebolista africano é muito procurado. Um comércio que mexe com muitos milhões, mas que nem sempre é gerido com honestidade. Desde os anos 1950, clubes europeus procuram, em África, jogadores talentosos. a Europa atrai os africanos, porque pensam encontrar lá a abundância total: trabalho; dinheiro; confiança em eles próprios. Poucos conseguem concretizar esse sonho e tornarem-se estrelas internacionais do futebol. É o caso de Mahamadou Diarra que joga no Real Madrid, equipa espanhola.
Jean-Marc Guillou é um dos grandes nomes deste comércio. O antigo jogador francês abriu várias escolas de futebol em África. Já exportou 140 jogadores africanos para a Europa. No total, 13 dos seus antigos alunos participam no Campeonato Mundial de Futebol 2010. Para ele, trata-se de uma aventura, tanto humana como económica. Porém, no mercado futebolístico, o nome do francês gera controvérsia. No Mali, onde possui uma escola, representa a esperança de uma vida melhor para muitos jovens. Responsáveis políticos acusam-no de tráfico de seres humanos. Em 2001, a FIF a (Federação Internacional de Futebol)delimitou a idade mínima de 18 anos para a transferência de qualquer jogador para o estrangeiro.