“Cristo amou-me e entregou-se à morte por mim. Já não sou eu que vivo. é Cristo que vive em mim”, lê-se na segunda leitura, da carta de São Paulo aos Gálatas 2,20
“Cristo amou-me e entregou-se à morte por mim. Já não sou eu que vivo. é Cristo que vive em mim”, lê-se na segunda leitura, da carta de São Paulo aos Gálatas 2,20Um senhor dos seus sessenta anos viajava num autocarro da sua cidade e levava na mão um ramo de lindas flores. Sentada diante dele, ia uma jovem que não conseguia tirar os olhos das flores. O facto não passou desapercebido ao homem. a um certo ponto da viagem, levantou-se e entregou o ramo à jovem, dizendo: Olhe, as flores eram para a minha esposa, mas vejo que a menina gosta muito delas. Tenho a certeza que a minha esposa ficaria contente se eu lhas desse a si. Dito isto, entregou o ramo à jovem, desceu do autocarro, atravessou a rua e entrou para um cemitério. Os olhos da jovem ficaram rasos de lágrimas ao compreender que as flores que o homem levava eram para colocar na campa da esposa sepultada nesse cemitério.com um gesto simples e de significado profundo, aquele homem colmara um vazio no coração daquela jovem, além de solidificar nela a confiança na bondade humana. Um gesto simples que talvez tenha arrancado uma lágrima de sangue ao coração generoso desse senhor.
No evangelho de hoje é-nos apresentada uma cena que é uma flor esquisitamente delicada nascida de um amor profundo, que se infiltra no mais íntimo do ser humano que sabe ler as Escrituras. Certa mulher viveu da prostituição, talvez durante bastante tempo. Da narração evangélica vê-se que tal vida destroçara o respeito que a si própria devia e que na sua alma corriam rios de desgosto. Ouvindo dizer que o profeta Jesus estava, com outras pessoas, a almoçar em casa de um certo Simão, na sua terra. a mulher entrou, com ar triste, na sala de jantar. , Chorando, ajoelhou-se aos pés de Jesus.com as suas lágrimas, começou a lavar os pés do Senhor e a beijá-los, enxugando-os com os seus cabelos e ungindo-os com um perfume. Jesus Cristo, filho Unigénito do Deus, cheio de toda a compaixão e misericórdia, proclamou a todos os presentes que os muitos pecados desta mulher lhe eram totalmente perdoados, por causa do muito amor que mostrara a Jesus.
Às vezes, vivendo nós numa civilização em que tantas acções egoístas são proclamadas como esperteza e sabedoria humana, não é fácil vermos a necessidade imensa que temos de receber e dar o bálsamo do perdão. Mas sem perdão não há amor, e sem amor não há vida. Entrar na nossa história pessoal, espiolhar e reconhecer o mal feito, e pedir humilde e alegremente o perdão do Senhor, é o mata-borrão espiritual que nos dá uma folha nova e limpa na nossa vida que vem de Deus. Se o nosso orgulho e a nossa vaidade não travarem a nossa fé!…
♥ Hoje, somos confrontados por um dos maiores cidadãos de sempre da nossa terra, um dos seres humanos mais conhecidos e amados no mundo inteiro: Santo antónio de Lisboa. Praza a Deus que saibamos seguir a sua vida e os seus ensinamentos – incluindo a sua mania em nos ajudar a encontrar o perdido… rumo cristão da nossa gente.