Falar da «forma de ser de Deus» é um convite e desafio colocado aos cristãos, assim como amar o inimigo. a Igreja tem de manter a sua presença na redenção do sofrimento
Falar da «forma de ser de Deus» é um convite e desafio colocado aos cristãos, assim como amar o inimigo. a Igreja tem de manter a sua presença na redenção do sofrimentoCompaixão como desafio à Igreja e ao mundo era o tema central da última conferência do Congresso Jacinta Marto: Do Encontro à Compaixão, que decorreu de 4 a 6 de Junho. O orador desta palestra foi Eloy Bueno, professor da Faculdade de Teologia de Burgos. a compaixão é um elemento essencial na percepção da mensagem cristã e do Deus Trindade na sua infinita capacidade amar.
amar o inimigo é um desafio do mundo de hoje. Será possível chegar a algo tão contra a natureza? é a pergunta que se pode fazer. aqui lembramos as palavras de São Mateus: Tudo o que fizerdes a um dos meus pequeninos, é a mim que o fazeis. Tem amor puro aquele que sofre por todas as suas criaturas, lembrou o catedrático.
Continuar a falar da forma de ser de Deus é parte da responsabilidade dos cristãos. Dizem alguns que o Deus desaparecido não deixou um espaço vazio. Este estará ocupado pelas forças impessoais e anónimas do mercado. Mas, em momentos de crise, percebe-se a sua crueldade [do mercado] para com os mais fracos.
Por fim, o orador destacou alguns pontos importantes em relação à posição da Igreja. Para Eloy Bueno é fundamental que ela se compreenda a partir da compaixão. Existe porque tem uma missão que é precisamente: fazer seguir a compaixão de Deus Pai Trindade. a Igreja tem de manter a sua presença na redenção do sofrimento. Quanto às associações de leigos cristãos, têm de ser capazes de mostrar até onde se pode amar.