Cova da Iria e aljustrel são dois locais que se complementam para que o peregrino, ou visitante, aufira de momentos únicos de paz interior
Cova da Iria e aljustrel são dois locais que se complementam para que o peregrino, ou visitante, aufira de momentos únicos de paz interiorVamos hoje reflectir sobre o desenvolvimento geográfico dos espaços de oração existentes em Fátima, propriedade do Santuário e tendo em conta a sua evolução nos últimos trinta anos. Longe vai o ano de 1919, data em que foi construída a capelinha, chamada das aparições, por ser o local onde se encontrava a pequena azinheira que, segundo os videntes, foi onde Nossa Senhora lhes apareceu.
Mais tarde foi construída a basílica e foi dado andamento a um projecto de desenvolvimento geral do próprio Santuário, tendo em vista a satisfação dos inúmeros peregrinos que se dirigem à Cova da Iria. Sobretudo durante as últimas décadas, a administração do Santuário de Fátima gizou e cumpriu um plano de aquisição de espaços destinados à protecção dos locais onde ocorreram as aparições de Nossa Senhora e do anjo, portanto incluindo aljustrel.
a boa harmonia entre os responsáveis do Santuário e os gestores camarários permitiu que fosse possível um desenvolvimento urbanístico de acordo com a vontade manifestada pela entidade religiosa, na maior parte dos casos. Sem entrar por conceitos de apreço ou não desse plano, entendemos que houve uma visão acertada da entidade religiosa, preservando e aumentando o afastamento dos lugares religiosos, evitando assim abusos desnecessários. Basta olhar para o exemplo de Lourdes e ver a diferença para a cidade francesa.
Como é evidente, tal só foi possível na medida em que este Santuário recebeu valores avultados e ofertas dos crentes que, bem administradas, permitiram essas transacções.com o desenvolvimento surgido graças às vias de comunicação e sobretudo a um aumento das cerimónias religiosas, o fluxo de peregrinos e visitantes subiu, cabendo ao Santuário suprir a falta de estruturas de toda a índole que competia à Câmara fazer em Fátima.
Estacionamento é hoje essencial para quem demanda Fátima, mas os únicos parques existentes foram mandados executar pelo Santuário e resolvem o estacionamento da cidade, beneficiando todos. WC é igual, não conhecemos quaisquer instalações, a não ser do Santuário. Jardins públicos também não há, portanto teremos que concluir que há um trabalho cívico, mas louvável por parte desta entidade.
a prevista ligação dos locais de culto da Cova da Iria a aljustrel é importante para o prolongamento destes espaços, permitindo maior aproveitamento, diversificação e funcionalidade de que o peregrino poderá beneficiar. Há uma pergunta pertinente que deixamos no ar: Irá a Câmara de Ourém assumir as suas obrigações enquanto gestora do concelho, incluindo Fátima, agora que utiliza o novo logótipo da edilidade onde Castelo de Ourém e Basílica de Fátima estão lado a lado? Ou será de costas voltadas?