a solidão é a «marca de um dos sofrimentos mais intensos» de quem padece de alguma doença. Quem cuida destas pessoas tem que assumir uma atitude de compaixão
a solidão é a «marca de um dos sofrimentos mais intensos» de quem padece de alguma doença. Quem cuida destas pessoas tem que assumir uma atitude de compaixãoCompaixão e cuidado era o ponto central da intervenção da irmã ângela Coelho, no primeiro painel do Congresso Jacinta Marto, que decorreu, ontem, 4 de Junho. a vice-postuladora da Causa de canonização de Francisco e Jacinta Marto falou sobre a forma de Jacinta viver a doença; uma menina que aceitou sofrer pela conversão dos pecadores.com base na vida da pastorinha, fez importantes considerações sobre a relação dos doentes e de quem deles cuida.
O bom samaritano é todo o homem sensível ao sofrimento de alguém. ao cuidar de uma pessoa estamos a imitar Jesus, lembrou. Um doente não precisa de testemunhos da sua doença nem de lamentos, mas sim de compaixão. Esta característica cria uma ponte entre o mundo do médico e do doente. Para cuidar da pessoa em sofrimento, é necessário que todo aquele que cuida assuma uma atitude de compaixão. Do ponto de vista cristão, o profissional pode encontrar a razão e fundamento da sua actividade profissional no amor a Deus.
Jacinta pode ser modelo para os profissionais de saúde e para quem cuida dos doentes. O que mais me custa é ir sem ti. Se calhar o hospital é uma casa muito escura, onde não se vê nada, e eu estou para ali a sofrer sozinha, dizia Jacinta à prima Lúcia. a solidão que a pastorinha receava continua a ser o maior mal dos doentes de hoje. É a marca de um dos sofrimentos mais intensos dos homens e mulheres que padecem de qualquer tipo de doença, nos hospitais ou noutras instituições, e que clamam pelo nosso cuidado, constatou ângela Coelho. Mais do que dor física, trata-se de uma dor espiritual.