O Santuário de Fátima acolheu hoje cerca de 500 congressistas no Centro pastoral Paulo VI, cuja abertura ocorreu pelas 10h30
O Santuário de Fátima acolheu hoje cerca de 500 congressistas no Centro pastoral Paulo VI, cuja abertura ocorreu pelas 10h30após as palavras de apresentação de Vítor Coutinho, o reitor do Santuário de Fátima, Virgílio antunes, lembrou que cem anos após o nascimento de Jacinta Marto e dez anos depois da sua beatificação, estamos a dar novo impulso ao processo de descoberta da sua pessoa. Salientou ainda a feliz coincidência da visita do Papa no ano em que nos centramos na beata Jacinta, a grande devota do Santo Padre e a amiga dos pobres pecadores. Lembrou ainda que Jacinta tem-se revelado a grande apostola das crianças e o seu testemunho tem cativado os mais pequenos.
Já antónio Marto, bispo de Leiria-Fátima, que se definiu como anfitrião mor deste congresso, começou por recordar a sabedoria infantil para justificar o tema do congresso Do encontro à compaixão. acrescentou ainda a passagem de um garoto de quatro anos que vendo o vizinho chorar (pela morte da sua esposa) foi para o seu quintal e, simplesmente, sentou-se ao seu colo. ao regressar a casa, a mãe perguntou-lhe o que tinha dito ao velhinho. E o menino respondeu: nada, só o ajudei a chorar!
as crianças têm o carisma de ver e dizer tantas coisas profundas que nós adultos vemos com fadiga e temos dificuldade em dizer, afirmou ainda. Deus é simpático, não é apático ou indiferente foi o mote para afirmar que Deus – a Verdade e o amor em pessoa – quis sofrer por nós e connosco. Frisou também que Maria é o ícone da compaixão de Deus, como Mãe sofredora, feita toda ela de compaixão referindo-se à imagem da Pietá.
Foi a ligação encontrada para enquadrar e compreender a mensagem de compaixão de Deus através de Maria e do seu Imaculado Coração, tal como a beata Jacinta a apreendeu e viveu ao seu nível infantil. apontou a pequena Jacinta como uma das figuras de grande relevo que mostraram a importância da compaixão (enquanto amor solidário e sofrimento com e pelos outros).
ao cristão de hoje, antónio Marto, indicou o caminho partilhar o sofrimento dos outros e do mundo e testemunhar-lhes a luz da fé, da esperança e do amor. Terminou afirmando que a Mensagem de Fátima confia à teologia a tarefa de repensar a repropor, de modo novo, em toda a sua riqueza e beleza, esta característica da compaixão.