O Papa recebeu um grupo de sete mil fiéis peregrinos das dioceses da região das Marcas que celebram neste mês de Maio 400 anos da morte de padre Matteo Ricci
O Papa recebeu um grupo de sete mil fiéis peregrinos das dioceses da região das Marcas que celebram neste mês de Maio 400 anos da morte de padre Matteo RicciÉ uma ocasião para descobrir e aprofundar a obra do missionário, assinalou o Pontífice que apontou o sacerdote como uma feliz síntese entre anúncio do Evangelho e diálogo com a cultura do povo a quem o leva: um exemplo de clareza doutrinal e prudente acção pastoral. Matteo Ricci foi um sacerdote jesuíta, estudioso de astronomia e matemática e cartógrafo conhecido por sua actividade missionária na China da dinastia Ming. a ele é atribuída a introdução do cristianismo na China.
assim como o padre Matteo Ricci, eu também expresso hoje a minha profunda estima ao nobre povo chinês e à sua cultura milenar, certo de que hoje, um novo encontro com o Cristianismo produzirá muitos bons frutos, como naquele época ocasionou a pacífica convivência entre os povos, frisou Bento XVI. O Santo Padre referiu ainda que a obra deste missionário apresenta duas vertentes a não separar: a inculturação chinesa do anúncio evangélico e a apresentação à China da cultura e da ciência ocidentais.
Na sua viagem à China, o padre Ricci não vai levar a ciência e a cultura do Ocidente, mas o Evangelho e para dar a conhecer Deus, sublinhou o bispo de Roma. É esse encontro com os interlocutores que se torna diálogo entre culturas, um diálogo desinteressado, livre de intentos de poder económico ou político, vivido na amizade, que faz da obra do padre Ricci e dos seus discípulos um dos pontos mais altos e felizes na relação entre a China e o Ocidente.