Relatório da amnistia Internacional documenta abusos cometidos em 159 países. Em Portugal, é apontado o dedo à violência contra mulheres
Relatório da amnistia Internacional documenta abusos cometidos em 159 países. Em Portugal, é apontado o dedo à violência contra mulheresEm 2009, a associação Portuguesa de apoio à Vítima registou 16 mil casos de violência doméstica contra mulheres e raparigas. Estes números fazem parte do relatório sobre os direitos humanos no mundo, em 2010. O documento hoje, 27 de Maio, divulgado refere-se ao ao encerramento da investigação sobre os alegados voos da CIa, mas aplaude Portugal,por outro lado, por ter recebido dois ex-prisioneiros de Guantanamo.
Mas, não se fica por aqui. as investigações sobre denúncias de torturas cometidas por polícias prosseguiram de modo lento em Portugal no ano passado, com evidências de impunidade , denuncia a associação. a aI refere o caso de Leonor Cipriano (mãe de Joana, uma menina desaparecida no algarve em 2004). Pedro Krupenski, director da secção portuguesa desta organização de defesa dos direitos humanos, lamenta que, apesar de ter sido provado em tribunal que houve tortura e outras formas de maus-tratos, ninguém tenha sido responsabilizado por isso. Não queremos, naturalmente, que haja vingança, queremos é que haja justiça, sobretudo porque está provada a existência de tortura sob a tutela do Estado, acrescenta.
O relatório aponta o ano de 2009 como extremamente significativo para a justiça internacional . a emissão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de um mandado de prisão contra um chefe de Estado em exercício, o presidente sudanês Omar al-Bashir, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra, é factor de satisfação. Embora a possibilidade de responsabilização penal por crimes de direito internacional seja maior hoje , a aI sustenta que os estados mais poderosos continuam acima da lei e manipulam-na, preservando os seus aliados desses escrutínio e jogando com a prestação de contas quando isso lhes é politicamente favorável. Factos e números aqui, avanços nos direitos humanos aqui.