Um cineasta do Chade foi premiado na 63º edição do Festival de Cannes, em França. Já há mais de 30 anos que tal não sucedia
Um cineasta do Chade foi premiado na 63º edição do Festival de Cannes, em França. Já há mais de 30 anos que tal não sucediaTenho a sensação de que estou a trazer de volta o meu país, e talvez o meu continente, para a cena, porque já há muito que África se encontrava na invisibilidade, confessou Mahamat-Saleh Haroun. O filme Um homem que grita não é um urso que canta valeu-lhe o Premio do Júri. Conta a história de um pai e o seu filho, num Chade em plena guerra civil. O cineasta, que foi felicitado pela universalidade da sua obra, encara o reconhecimento como um convite a fazer parte da família do cinema, adianta o jornal afrik.com.
Em 13 anos, pela primeira vez, um filme da África Subsariana integrou a lista de nomeados para os prémios em Cannes. Desde 1975 que nenhuma produção cinematográfica africana era premiada neste grande festival do cinema. Nesse ano, o filme de Mohammed Lakhdar-Hamina, concorrente da argélia, recebeu a Palma de Ouro, prémio mais importante. Nesta edição de 2010, foi entregue à Tailândia.