Cáritas Portuguesa lamenta que as medidas, até agora anunciadas, para fazer face à crise económica, penalizem, sobretudo, as classes mais vulneráveis
Cáritas Portuguesa lamenta que as medidas, até agora anunciadas, para fazer face à crise económica, penalizem, sobretudo, as classes mais vulneráveis a organização católica está preocupada porque o aumento do IV a sobre bens de primeira necessidade, particularmente sobre os produtos alimentares, atinge, consideravelmente, os cidadãos com menores recursos. Para fazer face a esta situação e continuar a apoiar as famílias que possam vir ater maiores dificuldades em conseguir uma alimentação adequada, foi proposta a reformulação do Programa Comunitário de ajuda alimentar a Carenciados. Em particular no que diz respeito à diversidade dos produtos, bem como à regularidade da sua distribuição que não pode continuar a ser tão concentrada no tempo.
Reunido em Fátima, o Conselho Permanente da Cáritas Portuguesa manifesta a sua apreensão quanto à restrição imposta a medidas de protecção social, como o Subsídio Social de Desemprego e o Rendimento Social de Inserção. Rigor na atribuição destas duas medidas e o devido acompanhamento das mesmas foi considerado indispensável para que possam ser aplicadas com justiça, salienta a Cáritas, em comunicado.
Para evitar que continue a acentuar-se o já escandaloso fosso entre os muito pobres e os muito ricos, a organização sugere que aqueles que auferem de mais de um rendimento dispensarem o que lhes sobra.com esses recursos, deveria ser criado um Fundo Nacional de Solidariedade, a ser gerido pela Segurança Social, adianta a instituição. Seria uma atitude reveladora de que não devem ser só alguns – os social e economicamente mais débeis – a carregar com as consequências gravosas da crise, consideram os responsáveis da Cáritas.