ainda com o eco das palavras proferidas pelo Papa em Fátima, ao relembrar que “a família está fundada na união de amor entre um homem e uma mulher” eis que é promulgada a lei quatro dias depois
ainda com o eco das palavras proferidas pelo Papa em Fátima, ao relembrar que “a família está fundada na união de amor entre um homem e uma mulher” eis que é promulgada a lei quatro dias depoisMuito se tem falado e escrito sobre o casamento gay, apesar de ser uma prerrogativa destinada a uma ínfima minoria da sociedade. Contudo, Portugal é um Estado laico e como tal, faz parte da sua filosofia o reconhecimento de direitos a todos os cidadãos. O casamento entre pessoas do mesmo sexo nunca foi pacífico nas sociedades e no nosso país continua a levantar grandes discussões e até oposições de vária ordem.
a Igreja portuguesa (CEP) pronunciou-se através do seu porta-voz, padre Manuel Morujão, referindo: a lei representa um passo atrás na construção da coesão social, ao contrariar um dos princípios mais consolidados das várias civilizações da humanidade. E ésobre este prisma que nós, cristãos, devemos encarar esta lei e as consequências que daí derivam, algumas ainda imprevisíveis, dado que a sociedade vai sofrer uma alteração radical.
Contudo, devemos ter presente que o casamento entre duas pessoas – segundo a lei – é considerado um contracto e como tal deve ser aceite, mesmo discordando. Portugal foi o oitavo país no Mundo a aprovar estas uniões, para além de sete Estados dos EU a e cidade do México.
as palavras do Presidente da República Portuguesa para justificar a promulgação não colhem o nosso assentimento, pois ao pretender evitar mais problemas devido à dramática situação em que o país se encontra, vai contra os sentimentos cristãos de muitos portugueses e tal cria novas dificuldades à sociedade.
O actual presidente da República ficará para a história como responsável pela promulgação desta lei, mas os políticos que a incentivaram e aprovaram através da assembleia da República Portuguesa, serão recordados também pelas piores razões. a maior incompreensão perante esta lei cinge-se ao facto de este tipo de contractos ficar equiparado ao estatuto da família, pois este tem um campo específico e com um enquadramento muito próprio.
a Igreja não tem atitudes discriminatórias contra ninguém e está plenamente convencida de que a situação destas pessoas poderia ser resolvida de um modo diferente. Isto é, não equiparando ao estatuto de família, são palavras de Jorge Ortiga, responsável da Conferência Episcopal Portuguesa.
a partir de agora viveremos com uma nova realidade que, a nosso ver, não acrescentará mais-valias à comunidade, sobretudo porque está institucionalizado um princípio pouco ético de ceder perante algo que é uma orientação sexual, mesmo que generalizada. apesar de tudo isso, o cristão deve respeitar o pensar e agir dos outros e énessa base que devemos aceitar – e até apoiar – o irmão que é diferente, tendo em conta que somos todos filhos do mesmo Deus.