Um dia cheio de mensagens e apelos para descobrir o amor à verdade e à fidelidade através da beleza de Deus e da beleza de Maria com três momentos fundamentais
Um dia cheio de mensagens e apelos para descobrir o amor à verdade e à fidelidade através da beleza de Deus e da beleza de Maria com três momentos fundamentaisO primeiro foi o encontro com o mundo da cultura no Centro Cultural de Belém. Homens e mulheres, cultores do pensamento, da ciência e da arte em Portugal ouviram e apreciaram uma notável intervenção do Santo Padre com a qual iluminou o mundo cultural português. apresentou a cultura como um enorme serviço à verdade, da qual também a Igreja não se pode eximir. Pediu-lhes que cultivassem o amor pela beleza e procurassem nas suas obras a Beleza infinita: Vós, obreiros da cultura em todas as suas formas, fazedores do pensamento e da opinião, tendes, graças ao vosso talento, a possibilidade de falar ao coração da humanidade, de tocar a sensibilidade individual e colectiva, de suscitar sonhos e esperanças, de ampliar os horizontes do conhecimento e do empenho humano. [] E não tenhais medo de vos confrontar com a fonte primeira e última da beleza, de dialogar com os crentes, com quem, como vós, se sente peregrino no mundo e na história rumo à Beleza infinita. E concluiu magistralmente: Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza. Foi uma iluminação muito especial de um mundo tão importante, como é o da arte e da cultura.
O segundo momento do dia foi o encontro com o mundo dos sacerdotes, diáconos, seminaristas, consagrados e membros de movimentos eclesiais. Também aqui o discurso foi marcado pela verdade e fidelidade. Pediu de um modo particular aos sacerdotes que fossem fiéis e leais aos seus compromissos. Que não se envolvessem em coisas deste mundo que não têm nada a ver com o ministério a que foram chamados. a fidelidade, efectivamente, é a memória do amor. Quem ama é fiel e quem é fiel é porque ama. Foi isso o que o Papa quis dizer quando afirmou que a fidelidade no tempo é o nome do amor. a consagração dos sacerdotes ao Coração Imaculado de Maria foi feita precisamente para que Ela os ajudasse com a sua intercessão na fidelidade à própria vocação.
O terceiro momento foi o banho de multidão com os peregrinos de Fátima, envolvidos já pela noite dentro, num mar de luz, a condizer com aquele rasto de luz que, no dizer dos três pastorinhos de Fátima, conduzia ao Paraíso. Foi um encontro vibrante, cheio de Vivas ao Papa, mas foi sobretudo um momento de grande intensidade espiritual do Papa com Nossa Senhora, a quem apresentou as alegrias e esperanças e também os problemas e as dores de cada um dos presentes na Cova da Iria e de toda a Igreja. Rezando o terço, todo de joelhos com o povo, mostrou que aqui não se trata de idolatrias, como alguém quis insinuar, mas de uma meditação orante e silenciosa sobre os mistérios de Cristo que projectam luz sobre a vida da Igreja e do mundo. a Senhora da Cova da Iria cativou o Papa vestido de branco com quem Portugal rezou.