«é muito fácil ter caridade no sofá», mas é mais difícil no «sarilho da empresa» em que «é preciso pagar impostos e ainda sobrar algum (dinheiro)»
«é muito fácil ter caridade no sofá», mas é mais difícil no «sarilho da empresa» em que «é preciso pagar impostos e ainda sobrar algum (dinheiro)»O que vem o Papa fazer a Fátima? Não sei, respondeu João César das Neves, já no período de debate. Ele quer cá vir e vem cá com uma razão porque não dá ponto sem nó, esclareceu o orador da conferência sobre a actualidade o ensino social de Bento XVI, numa iniciativa da Comissão diocesana Justiça e Paz, que decorreu a 29 de abril, em Leiria.
O economista antevê que, nos 16 momentos em que o Pontífice vai usar da palavra, quando estiver em Portugal, um dos temas abordados será a defesa da vida. É um ponto fulcral, este Papa vai falar nisso, não tem papas na língua. Vamos ouvir o que ele vai dizer, frisou.
a presença dos leigos católicos na sociedade deve fazer-se tendo como fundamento único a caridade. a verdade é sempre para ser dita com caridade e a caridade é para ser (feita)com verdade, defendeu César das Neves. Para o orador, tendo em conta as palavras do Pontífice na sua terceira encíclia, conhecida a 29 de Junho de 2009, a caridade na verdade já não é optativa. Ou a fazemos a catástrofe é muito mais esmagadora.
Esta catástrofe a que se referiu César das Neves é o que Bento XVI caracteriza de ditadura do relativismo. E na sociedade portuguesa, com a questão do casamento homossexual como pano de fundo, não vamos conseguir que recuem e até será aprovado, diz o professor da Universidade Católica. Só que, para memória futura, importa ficar a saber que, quando o disparate foi feito, havia quem estava a dizer a verdade. E esses têm de ser os católicos.
Plateia sobrelotada na noite de quinta-feira para um encontro de preparação para a vinda do Papa. O entusiasmo do orador e o humor de João César das Neves fizeram a plateia sorrir enquanto o economista partilhava as suas reflexões sobre a encíclica Caritas in veritate. O desafio foi lançado: O texto é extraordinário e é fundamental as pessoas manusearem-no, lerem-no e usarem-no.