alfredo Bruto da Costa esteve presente na assembleia Regional dos Missionários da Consolata. aos sacerdotes falou sobre o tema anual, pobreza e exclusão social
alfredo Bruto da Costa esteve presente na assembleia Regional dos Missionários da Consolata. aos sacerdotes falou sobre o tema anual, pobreza e exclusão social a questão da pobreza só pode ser entendida de forma clara se tivermos em conta a rede de relações em que ela se insere. O homem relaciona-se com Deus, com o outro e com os bens-natureza-dinheiro. Três dimensões que estão interligadas. a relação dos homens com os bens não é facultativa. Na medida em que nós somos corpo temos uma relação obrigatória com os bens materiais, explica o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz. Eles são, portanto, necessários à subsistência do ser humano.
Mas, a relação do homem com os bens também depende da relação que o outro tem com os mesmos. O meu acessoaosbens tem a ver com a medida em que os outros homenslhes acede. Também depende da relação com Deus. É na medida em que eu for mais ou menos desprendido das coisas materiais que vou ter a equação da minha relação com os bens materiais.
Questiona seriamente uma afirmação comum: Não há mal em ser rico. O problema está no apego às coisas. Pergunta então: Num mundo em que morrem pessoas à fome, todos os dias, será possível ser-se rico sem apego à riqueza?. O problema está na omissão, considera. a relação com os bens pode ser viciosa, independentemente da forma como são adquiridos.
O estudioso da questão pobreza’, lembra palavras de Santo ambrósio: Quando dás ao pobre não lhe dás do teu, restituis-lhe o que lhe pertence. Em causa está o sétimo mandamento da Lei de Deus: Não roubar. João Paulo II dizia, também, numa mensagem quaresmal: partilhar é no fim de contas fazer chegar ao outro aquilo que lhe está destinado.
O direito à propriedade privada é um direito universal. É um direito de todos os homens e não só de quem tem propriedade, recorda Bruto da Costa. Este não pode contrariar o princípio universal dos bens da terra. O que os cristãos e as sociedades ocidentais têm feito é defender o direito à propriedade daqueles que têm propriedade e não daqueles que não a têm, constata. Ora, é com estes últimos que nós devemos estar mais preocupados. Os que tem propriedade sabem como defender-se, considera.