O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou que não existem «casos concretos» de pedofilia que envolvam padres. Situações são «um apelo à purificação da Igreja»
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou que não existem «casos concretos» de pedofilia que envolvam padres. Situações são «um apelo à purificação da Igreja»Ninguém, pelo menos até à data, tem queixas concretas sobre casos concretos, afirmou antónio Marto aos jornalistas, na conferência imprensa da assembleia plenária dos bispos portugueses. Por isso a Conferência Episcopal Portuguesa não julgou sequer necessário debater sobre a necessidade da criação de uma comissão própria para tal.
Os prelados portugueses reflectiram sobre a questão dos abusos de menores por parte de clérigos e, atentos à situação, orientam-se pelas recentes instruções da Santa Sé sobre este problema, nomeadamente as regras agora divulgadas pelo Vaticano, bem como a carta do Santo Padre à Igreja da Irlanda, que serve para toda a Igreja Católica.
as normas apontam para, em caso de denúncia, o bispo da diocese verificar se era tem fundamento e depois instaurar o processo que respeite a lei civil. O presidente da CEP disse, sobre esta matéria, que o caminho implica uma primeira atitude: a verdade. Depois olhar para as vítimas, colaborar com as autoridades e pensar no futuro, em termos de prevenção. Jorge Ortiga frisou ainda que o acto de pedofilia é considerado como um dos pecados, dos mais graves.
antónio Marto considera que estes casos não vão ensombrar a visita do Santo Padre a Portugal. Ele fez uma visita, nessas circunstâncias, aos Estados Unidos da américa. E encontrou-se com as vítimas, lembrou o bispo de Leiria-Fátima realçando a frontalidade do Papa em abordar o tema.