Inúmeros deslocados abandonaram a capital para se refugiar em zonas rurais. Um projecto das Nações Unidas ajuda as mulheres haitianas a manterem-se ocupadas
Inúmeros deslocados abandonaram a capital para se refugiar em zonas rurais. Um projecto das Nações Unidas ajuda as mulheres haitianas a manterem-se ocupadasCerca de oito mil sobreviventes do terramoto buscaram refúgio em Fond-Verrettes, nas montanhas haitianas, a sul do país. as populações desta comunidade rural isolada deparam-se com inúmeras dificuldades, desde antes do terramoto. Os habitantes vivem na pobreza; muitas famílias não têm sequer possibilidades de colocar os seus filhos na escola. Mesmo assim, não se acanham em dividir o pouco que tem com os recém-chegados: familiares, amigos e até meros conhecidos.
O alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) desenvolve um projecto comunitário de costura para as mulheres deslocadas e para quem os acolhe. O trabalho assume-se como uma fonte de renda para as beneficiadas, mas também uma forma de socialização. É também a criação de uma comunidade que congregue mulheres deslocadas, dando-lhes condições para se apoiarem umas as outras nas consequências dos traumas a que estiveram expostas, explica a coordenadora local do projecto.
as ajudas concentram-se na capital, Port-au-Prince, zona mais afectada pelo terramoto. Segundo o aCNUR, nas zonas rurais os recursos escassam. as comunidades precisam de ajuda perante a chegada de dezenas de milhares de pessoas que se mudaram para a região depois do sismo. Caso contrário, os deslocados terão que voltar para a capital, o que iria complicar a situação dos acampamentos provisórios para os sinistrados.