« a preparação para o matrimónio é uma urgência pastoral, com a determinação e a criatividade exigidas pelas profundas alterações culturais da sociedade»
« a preparação para o matrimónio é uma urgência pastoral, com a determinação e a criatividade exigidas pelas profundas alterações culturais da sociedade»O cardeal -patriarca de Lisboa aponta o desaparecimento do para sempre, para a eternidade do vocabulário actual. a própria sociedade de consumo consagrou o princípio do usa e deita fora. Considerações feitas por José Policarpo, nas Jornadas Internacionais da Federação Internacional dos Centros de Preparação para o Matrimónio (FICPM).
Na conferência a preparação para o Matrimónio segundo a palavra da Igreja, em que foi desafiado a apresentar, em síntese, as actuais orientações do Magistério da Igreja para a preparação para o matrimónio, o bispo de Lisboa referiu-se à dificuldade em assumir, com coragem e fidelidade, a dimensão perene de compromissos fundamentais, na cultura contemporânea que favorece o ateísmo,.
Verifica-se a crescente diluição da dimensão institucional do casamento, baseada num contrato celebrado entre o homem e a mulher. a visão da felicidade que se deseja, é marcada pelo hedonismo e esqueceu-se progressivamente o desafio cristão da felicidade, baseada na generosidade do dom: É no dar que se recebe, lembrou o cardeal.
O purpurado defendeu que o dinamismo do amor não é exclusivo de quem se prepara para o matrimónio; faz parte da abertura à vida vivida com Cristo. É a gratuidade do dom que dá ao amor a beleza envolvente da ternura. Esta não é, sobretudo, fruição, mas contemplação do outro, na alegria de renascerem juntos, para o amor, acrescentou.
aos participantes dos trabalhos que decorrem até 10 de abril, em Fátima, José Policarpo lembrou a nova evangelização defendida pelo Papa João Paulo II e apresentou novos métodos para o trabalho futuro: acompanhamento pessoal, catequese juvenil e preparação para o matrimónio, celebração do sacramento da Confirmação e festa das núpcias.