Um sargento, refém de um grupo rebelde há 12 anos, foi libertado esta semana. as opiniões dividem-se quanto à evolução da paz no país
Um sargento, refém de um grupo rebelde há 12 anos, foi libertado esta semana. as opiniões dividem-se quanto à evolução da paz no paísÉ a prova de que são possíveis gestos de paz na Colômbia, declara Ivan Cepeda, presidente da associação de vítimas de terrorismo e líder do colectivo de colombianos para a paz. O governo brasileiro, que colaborou com as autoridades colombianas no resgate de Pablo Moncayo, também deposita esperanças nesta recente libertação, adianta a agência missionária MISNa. Em comunicado, reafirma a o seu desejo de ver os outros reféns libertados, assim como novas perspectivas no processo de paz, na Colômbia.
Outras fontes bem conhecedoras do meio mostram-se menos optimistas. Missionários, que preferem guardar o anonimato, recordam que se trata de um conflito antigo, com raízes. a resolução do problema passa pela adopção de uma política alternativa, à repressão levada a cabo pelo governo eà luta armada das FaRC, defendem.
alguns peritos consideram ainda que o governo e os grupos paramilitares estão interligados, avança a MISNa. Facto que acaba por travar a luta dos que procuram por uma solução política e dos defensores dos direitos humanos. Estes são considerados traidores pelas duas partes do conflito e arriscam a própria vida ao lutar pelo país.
Trata-se de um conflito armado com mais de três décadas que afecta todos os colombianos. Muitos, em particular os mais pobres, já olham para o conflito como algo normal. Um problema ao qual se habituaram e ao qualtentam sobreviver. Recorda-se que a Colômbia é o país com mais refugiados internos: cerca de três milhões.