O número tem vindo aumentar desde 2006. Grande parte das vítimas não são jornalistas de guerra, mas sim profissionais incómodos que acabam silenciados
O número tem vindo aumentar desde 2006. Grande parte das vítimas não são jornalistas de guerra, mas sim profissionais incómodos que acabam silenciadosHá cada vez mais jornalistas em perigo no mundo, alerta a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). aumentam os homicídios de profissionais da comunicação; a maioria dos casos ocorrem em países que vivem em paz, mas onde existe pouca liberdade de informação. Noticiar factos delicados como a violação de direitos humanos ou corrupção é muito perigoso, por vezes mortal.
O estudo da UNESCO, a segurança dos jornalistas e os riscos da impunidade, insiste sobreo impacto do perigo. Caracteriza a ausência de ameaças como essencial na defesa do direito dos cidadãos a uma informação credível e o direito dos jornalistas de informar sem temer pela sua vida. O documento, lançado a 25 de Março, revela que a maioria das vítimas são homens. Um facto relevante: não eram correspondentes em zonas de conflito, mas sim profissionais locais.
Em 2008 e 2009, a organização identificou 125 jornalistas assassinados. Em 2006, registavam-se 69 mortes. as agressões são proferidas por pessoas que não querem que os jornalistas investiguem e tornem públicas determinadas informações, revela o estudo. 80 por cento dos homicídios resultaram de ataques que visavam directamente a vítima. apenas a vontade política dos estados de entregar os assassinos à justiça e de acabar com a impunidade pode constituir-se como amaiorprotecção dos profissionais da comunicação, defende Irina Bokova, directora-geral da UNESCO.