Educação moral e religiosa católica é o trabalho de alguns, mas o fruto pode e deve ser para muitos uma base no caminhar ao encontro da fé no Deus Vivo
Educação moral e religiosa católica é o trabalho de alguns, mas o fruto pode e deve ser para muitos uma base no caminhar ao encontro da fé no Deus VivoO Colégio de São Miguel, em Fátima, é um ponto de referência na educação religiosa ministrada ao nível do ensino em Portugal. Possui um projecto educativo voltado para o desenvolvimento e formação integral da pessoa, enquanto aluno, pretendendo torná-lo cidadão responsável e livre, baseado na trilogia amizade-Verdade-Exigência. Procura promover os valores pessoais, sociais, culturais e cristãos através de um ensino firmado na competência, no rigor, mas também no respeito pela pessoa humana.
Nesta semana dedicada à educação moral e religiosa, fomos ouvir o testemunho de dois professores desta disciplina no Colégio de São Miguel, professores Fernando Valente e Nuno Gertrudes, o primeiro leva 21 anos com esta disciplina e sete de ensino tem o segundo.começamos por perguntar qual o sentimento que os marcava em relação ao ensino desta disciplina, ambos consideraram o factor de proximidade com os alunos como essencial, na medida em que sentimos estar a contribuir para os ajudar a descobrir valores importantes, como a forma de pensar e estar na vida, aliados a uma prática cristã.
Fernando Valente disse ainda ser gratificante, dando como exemplo o testemunho de três ex-alunos que mais tarde encontrou, um jovem missionário e ainda dois docentes na área de religião e moral que encontrou numa reunião em Leiria há algum tempo. Isso revela, acrescentou, que fica sempre algo daquilo que ensinamos e permite aos alunos abrir um caminho de testemunho cristão na sua vida.
Nuno Gertrudes mencionou que o facto do ensino desta matéria não ser curricular é uma bênção, pois permite criar um espaço de pensar e questionamento para os jovens, que nesta escola é um universo à parte, dado o seu cariz católico. Perguntamos se aquilo que os jovens absorvem poderá ser suficiente para o embate pós o 12º ano, na Universidade ou no trabalho, dado que a sociedade rege-se por valores diferentes.
a resposta foi unânime trabalhamos com o pensamento de os formar, o resto dependerá deles perante a realidade da vida, mas pensamos que encontrarão as respostas no momento certo, não irão perder tudo o que aprenderam e viveram aqui. Lembraram ainda que primeiro educamos para os valores humanos e depois para a moral católica e isso vai permitir-lhes fazer escolhas futuras.
O docente com mais experiência no ensino desta matéria, Fernando Valente, recordou a sua passagem pelo Brasil, onde a vivência cristã assume outra abertura e deixou uma mensagem simples, mas concreta a Igreja terá que se abrir ainda mais aos jovens para que estes se tornem participativos em pleno.