Diocese de Inhambane institui Dia Diocesano do Catequista a ser celebrado a 22 de Março, data dos mártires do Guiúa. a 24 de Março, a Igreja celebra o Dia dos Missionários Mártires
Diocese de Inhambane institui Dia Diocesano do Catequista a ser celebrado a 22 de Março, data dos mártires do Guiúa. a 24 de Março, a Igreja celebra o Dia dos Missionários MártiresEram os últimos meses da guerra civil. Confiante de que as conversações em curso para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidira reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas. Duas dezenas escolhidas em diferentes missões acabavam de chegar, quando na madrugada do dia 22 de Março de 1992 um grupo de militares da RENaMO atacou o Centro Catequético e raptou todas as famílias. Durante a marcha, carregando os bens saqueados pelos militares, foram conduzidos à força para a base de onde tinham saído os guerrilheiros. Logo no início do caminho, um grupo de 23 catequistas e familiares foram brutalmente chacinados à baioneta. Testemunharam a sua fé com o sangue. Os seus corpos foram transportados e sepultados no Centro Catequético. a diocese de Inhambane tem grande veneração por estes seus filhos e considera-os mártires. O cemitério onde estão sepultados é lugar de romagem de centenas de cristãos ao longo do ano. anualmente, realiza-se uma celebração litúrgica, evocando o acontecimento. a partir de 2009, foi escolhido 22 de Março como o Dia diocesano do Catequista. assinalando a data de 22 de Março, o bispo de Inhambane, adriano Langa, presidiu à celebração da Missa no Guiúa. Muitos cristãos das nossas comunidades tomaram parte nas cerimónias. No final, um impressionante cortejo dirigiu-se em procissão até ao cemitério dos mártires. aí procedeu-se à deposição de flores. Uma cerimónia emotiva e plena de significado para o centro do Guiúa, para os catequistas em formação e para todos, em geral. Um forte sinal de que a missão daqueles catequistas, abruptamente interrompida há 18 anos, continua viva. a sua memória e o seu exemplo frutificam e renovam nas novas gerações o desejo de espalhar a palavra e anunciar a Boa-Nova. Para a Igreja de Moçambique, e de Inhambane em particular, estes nossos irmãos catequistas defuntos são considerados mártires. Sabemos, com toda a certeza, que foram mortos, com maldade, enquanto testemunhavam a sua fé.