827 milhões de pessoas moram em favelas, em condições que são «uma violação dos direitos humanos», lembra Ban Ki-moon. Um problema que também deve preocupar os países desenvolvidos
827 milhões de pessoas moram em favelas, em condições que são «uma violação dos direitos humanos», lembra Ban Ki-moon. Um problema que também deve preocupar os países desenvolvidosDecorre desde ontem oV Fórum Urbano Mundial, no Rio de Janeiro, no Brasil. O evento conta com mais de 15 mil participantes de 161 países. Pela primeira vez, realiza-se na américa Latina. O continente mais desigual do mundo, lembrou o prefeito da cidade, Eduardo Paes, de acordo com o site oficial do evento.
O governador do Rio de Janeiro convidou os participantes, que visitam o país pela primeira vez, a observarem as alterações que se verificam nas favelas. Sérgio Cabral incentivou-os a verificar as mudanças radicais que estão a acontecer nas favelas, onde a população está a deixar os barracos que habitava para morar em casas e apartamentos dignos. Segundo o último relatório do Centro das Nações Unidas para os Povoamentos Humanos – UN-Habitat, 227 milhões de pessoas deixaram de viver em condições de favela.
O secretário-geral das Nações Unidas considera o facto insuficiente. a população total que passou a viver sem acesso a água potável, moradia e segurança pública, por exemplo, passou de 776 milhões, em 2000, para 827 milhões, em 2010, lembrou Ban Ki-moon, na mengagem divulgadapela ocasião do Fórum. Viver nessas condições é uma violação aos direitos humanos, considerou em relação ao aumento do número total de pessoas a viver em favelas.
a questão afecta, em particular, o continente africano e a américa Latina. Contudo, cerca de 6% da população de países com economias avançadas vivem em condições de carência, alertou a directora-executiva do ONU-Habitat, anna Tibaijuka. a crise imobiliária nos Estados Unidos deve engrossar ainda mais as fileiras desse segmento da população.