a Fátima Missionária acompanhou uma aula da disciplina, num colégio católico de Fátima. Cativar os alunos não é difícil, há que saber sim implicá-los nos projectos
a Fátima Missionária acompanhou uma aula da disciplina, num colégio católico de Fátima. Cativar os alunos não é difícil, há que saber sim implicá-los nos projectosNão faças de Jesus Cristo um bombeiro, aconselha Carlos Furtado, a uma das suas alunas. Não nos podemos lembrar dele só quando as coisas estão mal, lembra o professor de Educação Moral e Religiosa Católica, do Colégio Sagrado Coração de Maria’, em Fátima. Durante 45 minutos, uma dezena de jovens do9º ano apresentaram os seus trabalhos sobre a importância da figura de Jesus nas suas vidas. Era dia de auto-avaliação. as tão desejadas férias da Páscoa estão à porta, pondo fim a mais um trimestre de aulas.
Em entrevista, o docente responsável pela disciplina realça o papel determinante das aulas de Educação Moral e ReligiosaCatólica na vida dos jovens. É cada vez mais necessário. O mundo pede-nos com muita urgência que sejamos sinal de esperança. Precisamos de crescer como gente que tem um projecto de salvação para as suas vidas, afirma. a formação cristã confere tranquilidade ao adolescente, numa sociedade cada vez mais complexa. Dá um equilíbrio muito grande aos jovens perceber que têm alguém nas suas vidas que os pode escutar e a quem podem recorrer.
Não é difícil cativá-los, assegura o sacerdote. Hoje temos que perceber a realidade dos nossos adolescentes e depois ir ao encontro daquilo que eles necessitam em termos de respostas. Ea igreja tem respostas. Para manter os alunos interessados, há que os saber envolver no trabalho realizado. Eles são receptivos na medida em que são implicados no projecto. Há uma aposta clara na comunicação e nos exercícios práticos, nas aulas desta disciplina. a vivência é feita na sala de aula mas depois tem de ser oferecida à comunidade educativa, aos pais, entre outros que queiram aceder aos trabalhos que os alunos fazem, explica.
Quanto às incompreensões ou discórdias que por vezes surgem, resolvem-se com o diálogo. Nós aqui debatemos muita coisa, em particular os valores cristãos. Penteados, vestuário, linguagem, até os próprios namoros são objecto de debate nas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica. Se nós tivermos esta abertura de diálogo, eles acabam por perceber que tudo o que fazem pode ser valorizado com a ajuda dos adultos, constata Carlos Furtado. O que não podemos deixar acontecer é que percam o gosto por serem cristãos.