Lee ae-ran é uma das dez homenageadas com o Prémio Internacional Mulheres Coragem, pelo seu trabalho com refugiados norte-coreanos da Coreia do Sul
Lee ae-ran é uma das dez homenageadas com o Prémio Internacional Mulheres Coragem, pelo seu trabalho com refugiados norte-coreanos da Coreia do Sul a professora da Universidade de Kyungin, em entrevista ao jornal Choson Ilbo, salientou a importância de ter recebido o prémio ao lado de mulheres do afeganistão e Zimbabué. Porém, com uma grande diferença: nos seus países há liberdade, enquanto que na Coreia do Norte ainda não. Lee ae-ran, que chegou a Seul em 1997, considera os seus compatriotas como o povo mais miserável do mundo.
Em relação aos refugiados norte-coreanos a viver no Sul, ela refere que cerca de 80 por cento são mulheres, que fazem sacrifícios enormes pelos seus filhos. Elas são discriminadas quando procuram trabalho, até por causa da pronúncia. É por isto que Lee ae-ran deu início a uma pequena academia de apoio linguístico aos refugiados do Norte.
a homenageada considera que a integração bem sucedida dos norte-coreanos no Sul servirá de incentivo aos que se encontram ainda no Norte. Mas tal integração não é possível sem uma mudança de mentalidade por parte dos sul-coreanos. Ela própria experimenta a discriminação por parte dos irmãos do Sul: o seu filho, que está no primeiro ano do liceu, é frequentemente vítima de escárnio por ter vindo do Norte. Por isso, ele quer emigrar para os Estados Unidos, desejo que deixa triste a sua mãe.
Lee ae-ran critica o impasse do governo sul-coreano em relação à questão dos direitos humanos no Norte. Não entende o silêncio do governo, que prefere falar doutros casos de violação dos direitos humanos. O prémio recebido por Lee ae-ran foi instituído pelo Departamento de Estado norte-americano.