Constatamos que a participação no culto religioso e outras actividades da Igreja é feita por fiéis maioritariamente acima dos quarenta anos, isso deve preocupar-nos
Constatamos que a participação no culto religioso e outras actividades da Igreja é feita por fiéis maioritariamente acima dos quarenta anos, isso deve preocupar-nosDiz-se que a Igreja estáa perder a juventude porque não entra no seu mundo e não lhe oferece algo que esteja em sintonia com as possibilidades e horizontes que outros lhe abriram. apesar disso, teremos que ter em conta que a Igreja sóéjovem quando o jovem for Igreja e para tal terá que se revestir de novas linguagens e desafios.
Hádécadas que a Igreja insiste na formação dos jovens através da catequese, normalmente em simultâneo com a escolaridade, tentando prepará-los para a vida da fé. O que verificamos? Os jovens são seguidos atéfazerem a primeira comunhão e crisma, mas terminado este ciclo, o acompanhamento quase não acontece, fica um pouco ao arbítrio de cada um.
Ou seja, a Igreja também precisa de rever toda a estrutura formativa do jovem na fé, de contrário, não conseguiráimpedir que ele perca o que aprendeu e muito menos tenha uma vida de acordo com as práticas e moral cristã. Quando os jovens não obtêm uma formação religiosa adequada durante o tempo da escolaridade obrigatória, é quase certo que entram em ruptura com a Igreja, seja após o nono ano ou mais tarde na universidade. É uma situação que pode marcar a vida totalmente.
Todos sabemos que a sociedade em que vivemos tem como lema o facilitismo. a juventude deixa-se seduzir facilmente, mas é nossa obrigação de pais e educadores ajudá-los a encontrar caminhos de verdade. Os jovens, hoje, seguem os modelos que a sociedade lhe apresenta. a Igreja terá que descer ao seu mundo e mostrar-lhes que há ideais diferentes e melhores.
Pessoalmente, como o poderemos fazer? Em primeiro lugar pelo exemplo de vivência da fé e depois na abertura do nosso coração aos problemas do seu mundo. Francisco e Jacinta, duas crianças iguais a tantas outras do seu tempo, deixaram-nos verdadeiros testemunhos de humildade e virtudes a que devemos atender. a Igreja assim o reconheceu, beatificando-os.
Todos nós, adultos, também poderemos ser modelos para os jovens se formos capazes de imitar a candura, simplicidade e amor que brotavam do coração daqueles dois videntes. a simplicidade natural de criança é uma arma poderosa quando transposta para a vida de um adulto consciente, transforma a sua vida e a dos outros.