Continente recebe três mil milhões de dólares ao ano em alimentos e gasta ainda mais a importar comida, mas 33 por cento tem fome. Solução é investir melhor
Continente recebe três mil milhões de dólares ao ano em alimentos e gasta ainda mais a importar comida, mas 33 por cento tem fome. Solução é investir melhorUm em cada três africanos vive em situação crónica de fome, apesar dos três mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) gastos anualmente em ajuda alimentar para o continente e os 33 mil milhões (24,15 mil milhões) utilizados para importações de alimentos, alertou um responsável da Comissão Económica para África (CEa) nas Nações Unidas.
Grande parte dos 33 mil milhões que África gasta a importar comida poderia ser melhor usado na produção local para o comércio regional e global, contribuindo para a redução da pobreza e o reposicionamento do continente na economia global, insistiu Josué Dione, director de Segurança alimentar e Desenvolvimento Sustentável do CEa, numa conferência sobre agronegócio, que terminou esta quinta-feira em abuja, na Nigéria.
a agricultura africana tem sede, quando menos de quatro por cento do total das terras aráveis é irrigado em comparação com os 33 por cento na Ásia e no Pacífico e os 29 por cento no Médio Oriente. a agricultura africana está com fome, uma vez que recebe apenas 14,6 quilogramas de fertilizantes por hectare, contra 114,3 kg por hectare, em todos os países em desenvolvimento, exemplificou Dione.