«é uma caminhada que se vai fazendo», explica Celeste Oliveira. Em entrevista, fala da sua longa experiência de trabalho junto dos missionários da Consolata
«é uma caminhada que se vai fazendo», explica Celeste Oliveira. Em entrevista, fala da sua longa experiência de trabalho junto dos missionários da ConsolataHá já 44 anos que Celeste Oliveira trabalha para o Instituto, trabalho que assumiu com paixão e dedicação reconhecidas pelos missionários. Eu vejo-me sempre como uma empregada, embora eles me digam sempre: Não tu para nós és uma irmã e uma mãe, conta. Eu sinto-me muito à vontade como se fosse uma família. Sempre me deram muita liberdade no meu trabalho e confiaram muito em mim. actualmente, assegura as mais variadas tarefas domésticas da Casa Regional, em Lisboa. Quando não está, há quem dê logo pela falta dela. Quando chega alguém e não estou é como se não houvesse luz, brinca. Se nos primeiros anos não sabia o significado da palavra missões, hoje diz sentir-se toda missionária. a missão não é só lá mas também aqui, dizem-lhe muitos missionários. Há trabalhos que não se podem fazer com uma remuneração no final do mês. Se não se fazem por amor, não se conseguem fazer, explica. Realça a importância do testemunho que se dá em silêncio na rua ou em grupo com amigos. a maneira de ser, ajudar e de estar com os outros faz toda a diferença. Recorda uma ida recente à cabeleireira onde conquistou mais uma amiga para o Instituto da Consolata e para a revista Fátima Missionária (FM). No bairro em que trabalha e habita é já bem conhecida da população. Em muitas pessoas reconhece uma paixão pelo Instituto e pelos missionários. Esta revista é digna de sala, dizia-lhe, recentemente, uma colaboradora da FM. Quando quero ficar tranquila, assento-me sozinha e vou dar-lhe uma vista de olhos, mesmo que já a tenha lido. Dá-me uma sensação de tranquilidade, sossego e bem-estar, confiou-lhe a assinante. Hoje, 8 de Março, celebra-se o centenário do Dia Internacional da Mulher. Em relação ao sexo feminino, Celeste Oliveira considera que há muito sofrimento escondido no silêncio, que as mulheres têm vergonha de manifestar. Constata: Falta sinceridade. as pessoas deixaram de acreditar. Mas há muito bons valores na mulher, defende a senhora de 63 anos, originária de Santa Catarina da Serra [Leiria]. Se soubessem trabalhar estes valores, haveria menos violência, mais justiça e mais caridade.