Neste tempo de Quaresma, tempo privilegiado para nossa conversão e tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, pode ser útil confrontar a nossa vida com a parábola do fariseu e do publicano pecador
Neste tempo de Quaresma, tempo privilegiado para nossa conversão e tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, pode ser útil confrontar a nossa vida com a parábola do fariseu e do publicano pecadorDuas pessoas estão no Templo a rezar: um fariseu, ostentando as suas qualidades diante de Deus e sentindo-se melhor do que todos os outros ; e um pecador, cobrador de impostos, que, tendo consciência de seus pecados , nem tinha a coragem de levantar os olhos ao céu e batendo no peito pedia piedade e misericórdia ao Senhor.
Um voltou para casa justificado e o outro não. E Jesus, ao concluir a parábola afirma: Porque todo aquele que se exalta seráhumilhado e quem se humilha seráexaltado.
Se a conversão significa mudança de rota , disponibilidade em mudar a nossa vida, com esta parábola Jesus nos convida a ir ao cerne desta mudança e a descobrir no orgulho que se aninha no íntimo do nosso coração a raiz maligna que pode estragar a qualidade da nossa vida cristã.
O orgulho e a soberba podem estragar atéas acções mais belas e sagradas como pode ser a oração, as promessas que fazemos a Deus, as nossas ofertas para a casa do Senhor, o jejum e até as nossas obras em favor dos irmãos. Se elas não brotarem de um coração humilde de nada servem .
Imaginemos que nos seja oferecida uma maçã madura, bela e lustrosa. Quão grande seria a nossa decepção se, ao cortá-la constatássemos que dentro épodre! assim são as nossas palavras, acções e realizações quando são impregnadasde orgulho e soberba: entristecem a Deus e os irmãos.
Numa sociedade, como a actual, em que somos fortemente solicitados a cuidar mais da nossa exterioridade, quão bom seria se nesta Quaresma, numa atitude contra a corrente, tomássemos a decisão de cuidarmos melhor da nossa interioridade e, em especial, dos sentimentos que brotam do nosso coração, cultivando uns e cortando outros! Então, com coragem e boa disposição e contando com a ajuda de Deus, demos mãos àobra decultivarmos a humildade e declararmos guerra, sem tréguas, ao orgulho que nos impede de aproximar de Deus e de nos tornar amáveis ao nosso próximo.