“Se não vos arrependerdes, perecereis”, proclama o Evangelho do 3. º Domingo de Quaresma. “O meu nome será recordado para sempre”, lê-se na primeira leitura
“Se não vos arrependerdes, perecereis”, proclama o Evangelho do 3. º Domingo de Quaresma. “O meu nome será recordado para sempre”, lê-se na primeira leituraTerramotos catastróficos, tsunamis avassaladores, desmoronamentos monstros de terras, inundações destruidoras, descalabro de economias aparentemente imutáveis… Muita gente até pensa que o mundo se encontra no fim dos tempos. E perguntam outros: Donde virá tudo isto? Será Deus que está a castigar a humanidade pelos seus pecados e crimes, pelo imenso orgulho dos que rejeitam o Criador? (Cf. Carta aos Romanos 1,18-32).
No evangelho de hoje vêm ter com Jesus alguns judeus que tinham problemas e reacções semelhantes aos da humanidade de hoje. Deram a Jesus a notícia que Pilatos matara alguns galileus, enquanto eles ofereciam sacrifícios no Templo. Porque deixou Deus que isto acontecesse? E porque permitiu Deus que dezoito pessoas morressem quando caiu a Torre de Siloé em Jerusalém? (Lucas 13,1-5).
ao criar o universo, incluindo a terra com todos os habitantes de todos os tempos, deu Deus leis e normas para uma existência e vivência agradáveis para toda a humanidade. Por exemplo, as leis e as normas que se referem ao ar que respiramos, às águas de que tanto precisamos. Se os homens teimam, por exemplo, em desobedecer a estas leis e normas, e continuam a poluir desbragadamente os dons que Deus nos concedeu, é natural que nós todos paguemos o preço destas violações. Não é necessária a intervenção directa de Deus: estamos a atacar a nossa mãe a Terra, a cometer um matricídio’. a Natureza atacada reage segundo a sua natureza. afinal, como diz o ditado: Tudo se paga. as consequências são o produto da falta de sintonia com as leis do Criador. Há monitores entre os cientistas destas coisas que de há muito avisam as nações dos perigos emboscados nestas desobediências.
No evangelho de hoje, a Palavra de Deus é clara, ao falar-nos da figueira que não dava figos. Deus espera de cada indivíduo, família, nação e de toda a humanidade, os frutos dos dons que Ele nos concedeu. Ele é o criador e o dono’ de tudo o que existe e pôs à nossa disposição. a figueira estéril será cortada (evangelho de hoje), se não der fruto. É só uma sanguessuga a comer e a beber do terreno que lhe foi concedido e que de modo nenhum, esse terreno, é produto seu. De facto, Deus espera de nós capital e juros (cf. Mateus 25, 14-30). Pela sua bondade e amor imensos uniu-nos Deus à fonte infinita da sua energia divina, onde podemos encontrar toda a força necessária para sermos fiéis administradores dos seus dons. a Ele um obrigado sincero.
Quaresma, tempo para acertarmos agulhas, para colocarmos adubo bom nas raízes da nossa vida e da vida da humanidade (Lucas 13, 8). Tempo para voltarmos aos primórdios do nosso amor para com o Deus de toda a misericórdia e de toda benevolência. Deus, que é eternidade, não precisa do tempo. Criou-o só para no-lo conceder de graça, para dele usarmos para nossa vantagem e nosso bem.