O governo do Chade pediu que não fosse renovado o mandato da missão das Nações Unidas que oferece protecção e assistência aos refugiados. as mulheres ficarão mais desprotegidas
O governo do Chade pediu que não fosse renovado o mandato da missão das Nações Unidas que oferece protecção e assistência aos refugiados. as mulheres ficarão mais desprotegidasas refugiadas sudanesas, a leste do Chade, enfrentam vários tipos de violência, inclusive abusos sexuais. Fora dos campos de refugiados são sujeitas a ameaças e agressões físicas por parte de grupos armados e membros das forças de segurança. Dentro dos campos, as mulheres são violentadas por outros refugiados, membros da sua família, e em alguns casos, trabalhadores humanitários, denuncia a amnistia Internacional.
Grande parte das vítimas não vê qualquer vantagem em fazer queixa dos abusos que sofrem. a lei não protege as raras mulheres que se atrevem a denunciar as situações que vivenciam. a justiça, por sua vez, não está preparada para tratar de violações ou outras maldades cometidas contra as mulheres. a impunidade reina nestes casos: poucas mulheres podem esperar que seja feita justiça; os autores dos crimes continuam à solta.
O governo do Chade pediu ao Conselho de Segurança da Nações Unidas que não seja renovado o mandato da missão da ONU para a República Centro africana e Chade (MINURCaT). alega que o órgão não terá cumprido os objectivos a que se propunha. a amnistia Internacional manifesta a sua preocupação perante o facto. Desta forma, as refugiadas ficarão mais expostas a diversos tipos de violência. a MINURCaT trabalha desde Março de 2008, na região leste do país, para proteger os refugiados e facultar-lhes assistência humanitária. a zona acolhe mais de 260 mil refugiados sudaneses, na grande maioria mulheres e crianças.