«Está ainda muito vivo, nas nossas memórias e nos nossos corações, o cenário de destruição e sofrimento, causado pelo trágico temporal, que assolou a Madeira»
«Está ainda muito vivo, nas nossas memórias e nos nossos corações, o cenário de destruição e sofrimento, causado pelo trágico temporal, que assolou a Madeira»Se é grande o sofrimento do nosso povo, seja maior a força da nossa esperança, afirmou o bispo do Funchal, durante a missa de sufrágio pelas vítimas da intempérie que a 20 de Fevereiro assolou a Madeira. Rezamos por aqueles que faleceram e pelos seus familiares; pedimos, também, a Deus o ânimo e a coragem para todos quantos, com determinação, se empenham na reconstrução das suas vidas e na restituição, às zonas mais afectadas da nossa ilha, disse antónio Carrilho aos fiéis.
O prelado referiu-se à onda extraordinária de comunhão e solidariedade sentida. Chegaram mensagens de conforto, donativos, disponibilidades para trabalho voluntário de apoio aos desalojados e outros serviços de maior necessidade e urgência, disse. a cooperação, o espírito de comunhão e participação de todos para ajudar a ilha a ressurgir são um bom exemplo.
antónio Carrilho referiu-se à imagem da Imaculada Conceição e ao crucifixo resgatados do meio do lamaçal, como verdadeiros sinais de consolação e de esperança para o nosso povo. Muitos falam em reconstruir a capela, no mesmo local, o bispo do Funchal interpreta como um convite a associar-se ao sofrimento de Cristo por todos os homens e contando com a protecção da Mãe Imaculada, que, afinal, também naquela sua imagem ficou com os seus filhos, assinalou antónio Carrilho.
agora é hora de olhar em frente e reconstruir o futuro; é hora de conservar e desenvolver o espírito de solidariedade, atenção mútua, união e entreajuda fraterna, para que perdurem e não esmoreçam os sentimentos e valores, agora aflorados e estimulados. É hora de reavivar, aprofundar e esclarecer a fé cristã, tão profundamente arreigada na alma e na cultura do nosso povo madeirense, sentindo que não caminhamos sós, pois estamos seguros da presença de Jesus e da protecção maternal de Maria, de tão grande devoção entre nós, realçou.