Para que não sejam esquecidos os crimes sexuais cometidos contra a população feminina do Guatemala, decorre, a 4 e 5 de Março, o Tribunal da Consciência, na capital
Para que não sejam esquecidos os crimes sexuais cometidos contra a população feminina do Guatemala, decorre, a 4 e 5 de Março, o Tribunal da Consciência, na capitalO objectivo é denunciar a violência sexual perpetrada contra as mulheres do país, no âmbito do conflito armado interno. O tribunal será uma forma alternativa, para as sobreviventes, de conseguirem justiça. Mais ainda, de consciencializar as autoridades e a sociedade de que foram alvo de uma estratégia de guerra. Estarão presentes peritos em direito penal para eventuais esclarecimentos sobre os processos legais, adianta a agência adital.
a violência sexual foi uma prática generalizada e sistemática realizada por agentes do Estado no marco da estratégia contra insurgente, revelava um relatório da Comissão de Esclarecimento Histórico, em 1999. Durante o conflito, registaram-se 1465 casos. 99 por cento eram mulheres; a grande maioria indígenas.
além das sequelas físicas e psicológicas, os abusos cometidos tiveram um forte impacto social. Obrigaram a deslocações forçadas e dispersão de comunidades; separação familiar e desordem social; isolamento das vítimas; abortos; filicídios, e até impediram matrimónios.